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Casal de pastores inaugura primeira Catedral Gay, com desaprovação de Malafaia e Feliciano

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Um casal de pastores evangélicos acaba de construir a primeira catedral gay do Brasil, que será inaugurada na próxima segunda-feira (7).

A iniciativa é de um casal de pastores gays, que pretendem assim driblar a a guerra entre evangélicos intolerantes e homossexuais cristãos e minimizar a importância da opção sexual dos fieis e focar no evangelho.

A catedral vai funcionar com capacidade para 800 pessoas. A instituição nasceu há nove anos com o nome Igreja Cristã Contemporânea e já tem três mil fieis espalhados pelo Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

“Somos uma Igreja Gay”, define o pastor Fábio Inacio de Souza.

O pastor avalia que o fato de incluir a palavra gay na definição da igreja não a faz diferente das outras. Ele conta que os cultos são como o de outros templos evangélicos, a diferença é que a opção sexual dos integrantes é respeitada, inclusive a daqueles que são héteros e de famílias tradicionais.

"As pessoas estão sedentas pela palavra de Deus. Não queremos que elas mudem para ser aceitas. Estamos abertos para pessoas que se sentem excluídas", prega Fábio.

A escolha de Madureira para abrigar a Catedral foi proposital. Na Zona Norte estão sedes de outras igrejas que são contra a união de pessoas do mesmo sexo. A Igreja Gay já possuía um espaço no bairro que chegou a ser alvo de vandalismo, como ataques a bomba e pichações.

O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo disse não considerar a primeira catedral gay como igreja. Segundo ele, para ser caracterizada como organização evangélica é preciso estar de acordo com os dogmas e doutrinas fundamentais do evangelho, que segundo ele, são contra o homossexualismo.

"Não é a Bíblia que tem que se adaptar a mim, eu que tenho que me adaptar a Bíblia. O homossexualismo é um vício contra a natureza", defendeu.

O deputado federal (PSC-SP) e pastor Marco Feliciano também não reconhece a Igreja Gay como instituição Evangélica.

“Deus fez homem e mulher e ponto. Não reconheço ministros, liturgias gays e nem igrejas gays. Eles torcem a palavra de Deus para se adaptar ao seu estilo errôneo de vida, provocam dúvidas nos incautos e pervertem o evangelho”, disse.

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da Redação Ler comentários e comentar