Filho de Lula terá que explicar a PF porque recebeu 1,5 milhão de lobistas presos na 'Zelotes'

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O filho de Lula, empresário Luis Claudio Lula da Silva, será chamado para se explicar sobre um pagamento de R$ 1,5 milhão que uma de suas empresas, a LFT Marketing Esportivo, recebeu da Marcondes e Mautoni ano passado.

A Marcondes e Mautoni é provavelmente uma empresa de fachada, suspeita de intermediar negócios ilegais entre empresas privadas e o setor público. 

Na segunda-feira (26), policiais federais fizeram busca e apreensão de documentos na LFT Marketing, em São Paulo. Os policiais receberam ordens também de apreender documentos da Touchdown Promoção de Eventos Esportivos e Silva Cassaro Corretora de Seguros, que também pertencem ao filho do ex-presidente Lula.

A data do depoimento deverá se fixada após a análise do material apreendido na mais recente etapa da Operação Zelotes, investigação sobre fraudes no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), do Ministério da Fazenda, e agora também sobre suposta compra de medidas provisórias relacionadas a renúncia fiscal para montadoras de carro. 

Em pedido que deu origens as buscas na LFT, o MP considerou estranho uma empresa de marketing esportivo receber dinheiro de uma empresa de lobistas.

"Tem razão o MPF (Ministério Público Federal) ao afirmar ser muito suspeito uma empresa de marketing esportivo receba valor tão expressivo de uma empresa especializada em manter contratos com a administração pública (Marcondes e Mautoni), o que justifica a execução de busca e apreensão na sede da empresa", escreveu a juíza Célia Regina Ody Fernandes, da 10ª Vara Federal de Brasília, ao autorizar a devassa nas empresas de Luis Claudio.

Pelas investigações da PF e do Ministério Público, a MMC (Mitsubishi Motors Company) pagaram a Marcondes e Mautoni R$ 16,8 milhões em troca de alterações na medida provisória 627, de 2013. Em 2014, a Marcondes e Mautoni repassou R$ 1,5 milhão a LFT Marketing. A LFT teria sido a única empresa a receber dinheiro da Marcondes e Mautoni ano passado. Os donos da empresa, Mauro Marcondes e Cristina Mautoni, foram presos.

Em nota divulgada ontem, o advogado Cristiano Martins, responsável pela defesa de Luis Claudio, afirmou que a LFT fez contrato de prestação de serviços com a Marcondes e Mautoni entre 2014 e 2015. Segundo ele, o contrato resultou em quatro projetos e relatórios relacionados ao marketing esportivo. O advogado diz ainda que os valores foram devidamente declarados à Receita Federal. Ele não explica, no entanto, o conteúdo dos projetos.

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