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EUA tiram Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo

A medida é um dos pontos cruciais do acordo de reaproximação entre Estados Unidos e Cuba

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Os Estados Unidos deram mais um passo nesta sexta-feira, 29, para fechar as feridas abertas da guerra fria. O governo Obama tirou Cuba da lista de regimes patrocinadores do terrorismo, uma lista que agora inclui apenas Irã, Sudão e Síria.

A intenção de tirar Cuba dessa lista foi anunciada em 14 de abril, depois de uma reunião histórica entre o presidente Barack Obama e o cubano, Raúl Castro, na Cidade do Panamá.

A medida é um dos pontos cruciais do acordo de reaproximação entre Estados Unidos e Cuba, e pode abrir caminho para que os EUA abram uma embaixada em Havana.

Cuba foi adicionada à lista em 1982. Na época, os Estados Unidos acusaram o regime de Fidel Castro de financiar atividades revolucionárias em outros países da América Latina, como guerrilhas armadas, com o apoio da União Soviética.

"Apesar de os Estados Unidos ter discordâncias significativas com as políticas a ações de Cuba, essas divergências estão fora dos critérios para considerar um país como patrocinador do terrorismo", diz, em nota, o Departamento de Estado americano.

A mudança do status de Cuba nos Estados Unidos começou em dezembro do ano passado, quando o presidente Barack Obama pediu um estudo para saber se podia retirar Cuba da lista mesmo com a continuação do regime dos irmãos Castro. O estudo, divulgado em abril, indicou que Cuba não participou da promoção de guerrilhas armadas recentemente. Obama enviou o pedido ao Congresso, que tinha 45 dias para rejeitar a proposta. O Congresso americano, entretanto, não fez oposição.

Cuba reivindicava há anos sair da "lista negra". Essa era uma das exigências para que cubanos e americanos continuassem as negociações para normalizar as relações diplomáticas. 

da Redação Ler comentários e comentar