Mensaleiro sofre nova derrota na Justiça italiana e finalmente deve ser extraditado
O Ministério da Justiça da Itália deve fixar uma nova data para o governo brasileiro proceder a extradição
05/06/2015 às 06:15 Ler na área do assinante
O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi derrotado em novo recurso onde tentava impedir sua extradição para o Brasil.
Com a decisão, já publicada pela justiça italiana, o petista condenado no processo do mensalão pode ser extraditado para o Brasil, onde cumprirá pena no Presídio da Papuda.
A defesa de Pizzolato já anunciou que irá recorrer da decisão ao Conselho de Estado, que deve analisar um novo recurso. Ontem, o representante do Ministério da Justiça da Itália Giuseppe Alvenzio, classificou como inadmissível a possibilidade de revisão da decisão da Justiça Italiana sobre Pizzolato.
— É inadmissível. A Corte de Cassação já analisou todo o caso e tomou a decisão. Não se pode colocar em discussão o caso agora em um tribunal administrativo - afirmou.
Entidades brasileiras que atuam no processo de extradição acreditam que, com a decisão da Justiça italiana de rejeitar o recurso do réu, será possível marcar a data da vinda dele para o Brasil, para cumprir a pena que lhe foi imposta no processo do mensalão.
Em nota conjunta divulgada nesta quinta-feira, os ministérios da Justiça, Relações Exteriores, Advocacia-Geral da União e Ministério Público Federal demonstraram confiança na possibilidade de trazer em breve o condenado para uma penitenciária brasileira.
"O Brasil está pronto para atuar também perante o Conselho de Estado, se necessário, e acredita que eventual recurso não será deferido", afirma a nota.
Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. A pena imposta foi de 12 anos e sete meses de prisão. Antes de o mandado de prisão ser executado, Pizzolato fugiu para a Itália com o passaporte de seu irmão gêmeo, já morto.
