Moro responde a Lewandowski e diz que não há razão para que Lula saia de sua alçada

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O pedido de informações do presidente do Supremo, feito ao juiz Sérgio Moro, foi respondido nesta quinta-feira (14).

O ministro Ricardo Lewandowski analisa uma liminar solicitada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O petista quer que todas as investigações contra si voltem a tramitar no Supremo Tribunal Federal, sob a alegação de que os parlamentares citados em diálogos com Lula têm foro privilegiado e, por isso, só podem ser julgados pela Corte.

Na realidade, Lula quer fugir de Moro e se aconchegar na tranquilidade do STF.

Moro, como de costume, respondeu firme e objetivamente.

Ele afirmou que uma decisão do ministro do STF Teori Zavascki, autorizou a continuidade das investigações contra Lula na 13ª Vara Federal de Curitiba.

Moro explicou que está cumprindo a determinação de Zavascki e que o áudio envolvendo Lula e a presidenta afastada Dilma Rousseff foi retirado do processo, conforme decisão do ministro.

Para o juiz, o restante da investigação continua rígida, e não há motivos para remeter os processos novamente para o Supremo, conforme quer a defesa de Lula.

A principal argumentação dos advogados de Lula, sobre os áudios envolvendo parlamentares, que têm foro privilegiado no STF, foi quebrada pelo juiz, que afirmou que tais provas não serão utilizadas sem autorização do ministro.

“Quanto aos diálogos interceptados do ex-presidente com autoridades com prerrogativa de função, é evidente que somente serão utilizados se tiverem relevância probatória na investigação ou na eventual imputação em relação ao ex-presidente, mas é evidente que, nesse caso, somente em relação ao ex-presidente e associados sem foro por prerrogativa de função”, arrematou Moro.

Nos próximos dias Lewandowski deve decidir. O que se espera é que Lula permaneça sob o crivo de Moro, que, tenham certeza, virá pesado contra o ex-presidente.

da Redação

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