Se Santana continuar ‘marqueteiro’ na frente do juiz, benefício da delação deverá ser negado

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A delação premiada é um benefício concedido ao criminoso que aceita colaborar na investigação e resolve entregar os seus comparsas, sem poupar ninguém.

Por mais grave que tenha sido a prática criminosa, o réu, investido na função de colaborador da Justiça, receberá os benefícios proporcionalmente à medida em que se despir de amarras, abrir o jogo e falar a verdade, doa a quem doer.

Numa Operação como a Lava Jato, com a vasta experiência adquirida pelos investigadores, qualquer pretenso delator que ouse bancar o esperto, fatalmente vai se dar mal.

Na audiência desta quinta-feira (21), quando prestou depoimento ao juiz Sérgio Moro, o sr. João Santana, começou a entregar os ‘podres’ de sua relação com Lula, Dilma e o PT, mas tentou dar uma de ‘marqueteiro’.

Terá que mudar o tom. João Santana não passa de um criminoso, membro de uma terrível quadrilha que colocou a nação num verdadeiro mar de lama.

Ora, para justificar o fato de ter mentido quando da ocasião de sua prisão, o marqueteiro argumentou: ‘isso poderia gerar um problema até para o próprio Brasil’.

Quer ele agora fazer crer que em algum momento pensou no Brasil.

E disse isso com a maior cara de pau para o juiz Sérgio Moro.

E mais: tentou justificar o caixa 2, sob a alegação de que ‘todos faziam’.

Dê nome aos bois, Santana!

Quem são os demais?

Aliás, são tão criminosos como o próprio Santana.

O fato é que, se prosseguir nessa toada, tentando minimizar a gravidade de seus crimes, João Santana fatalmente não terá a delação homologada.

Tem que ficar ‘nu’, se entregar e entregar todo mundo.

Amanda Acosta

redacao@jornaldacidadeonline.com.br

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