Pai e filho condenados por duplo homicídio de familiares
A motivação do crime, segundo sustentou o MP, foi ganância e inveja.
11/06/2015 às 06:04 Ler na área do assinante
O julgamento de um crime de duplo homicídio, que chocou a comunidade de Cristal, na Zona Sul do Rio Grande do Sul, levou grande número de pessoas ao Fórum de Camaquã para assistir ao Júri, que se estendeu por quase 24 horas, nos dias 2 e 3 junho.
Pai e filho foram condenados por dois homicídios duplamente qualificados, seguidos de destruição de cadáveres e cometidos contra familiares, em 2012. A pena de Fernando Ehlert foi estipulada em 28 anos de prisão e de seu filho André em 22 anos.
Os jurados acolheram a tese principal do MP,mesmo assim, os promotores de Justiça Lucio Preto e Michael Flach ingressaram com recurso de apelação contra a pena, por entendê-la desproporcional diante das circunstâncias e gravidade dos crimes.
O crime foi praticado às vésperas do Natal de 2012, conforme a denúncia, Fernando e André aguardaram as vítimas Renato e Jaquelaine (irmão e cunhada de Fernando) chegarem em casa à noite para atacá-las, matando-as com sucessivos golpes de pé de cabra na cabeça. Durante a madrugada, os corpos teriam sido transportados no próprio veículo das vítimas até uma estrada não pavimentada no interior de Canguçu. O carro foi abandonado e incendiado com Renato e Jaquelaine no seu interior.
O MP sustentou que o crime foi praticado por ganância e inveja, pois os réus não estariam conformados com uma divisão de patrimônio na qual receberiam valores em dinheiro, enquanto as vítimas assumiriam o comando de uma ferraria da família.
