desktop_cabecalho

Lula se reinventa e muda discurso. O que ele teme?

O ex-presidente admite que o PT está velho e que os petistas hoje só pensam em cargos

Ler na área do assinante

Lula está temerário com relação aos próximos passos do seu principal algoz na atualidade, o seu mais temido adversário: o Juiz Sergio Moro.

Assim sendo, Lula partiu para a ofensiva sem titubear. Defende agora uma revolução no Partido dos Trabalhadores, colocando pessoas mais jovens nos quadros partidários.

No sábado, iniciando esta nova retórica, Lula afirmou que, “Dilma está no volume morto, o PT está abaixo do volume morto” e ele próprio está no volume morto.

Embora tardiamente, Lula acordou para uma realidade, o sonho petista acabou, os petistas sonhadores, transformaram-se num bando de oportunistas, que só enxergam possíveis maneiras de faturar.

"(...) hoje a gente só pensa em cargo, a gente só pensa em emprego, a gente só pensa em ser eleito e ninguém hoje mais trabalha de graça" - disse Lula nesta segunda-feira.

E prosseguiu: "O PT está velho. Eu, que sou a figura proeminente do PT, já estou com 69 (anos), já estou cansado, já estou falando as mesmas coisas que eu falava em 1980. Fico pensando se não está na hora de fazer uma revolução neste partido, uma revolução interna, colocar gente nova, mais ousada, com mais coragem. Temos que decidir se nós queremos salvar a nossa pele e os nossos cargos, ou queremos salvar nosso projeto. E acho que nós precisamos criar um novo projeto de organização partidária nesse país."

Lula também voltou a criticar a imprensa e acusou os veículos de comunicação de “fazer oposição pelo editorial”. 

Ele falou ainda da regulação da mídia, disse que nove famílias controlam praticamente todos os veículos de comunicação e que o país está atrasado.

A rigor, a situação atual de Lula é extremamente complicada. Até o apelido do ex-presidente foi descoberto  em mensagens interceptadas pela Polícia Federal: Brahma.  

Na realidade, Lula culpa Dilma por não ter conseguido boicotar as investigações e por sua paralisia no sentido de fazer a defesa de seu governo. 

Livia Martins

da Redação Ler comentários e comentar