A vida de cantor sertanejo é pé na estrada e riscos permanentes de acidentes

A morte do cantor Cristiano Araújo, após acidente de carro ocorrido na madrugada desta quarta-feira (24), acendeu uma reflexão, a de que a vida e a rotina da grande maioria dos cantores sertanejos é na estrada, com isso, sempre correndo riscos de acidentes.

E não tem outro jeito, pois o público desse estilo musical está nas pequenas cidades do interior do país, onde não há outra maneira de se chegar, que não seja através de automóvel, enfrentando as péssimas e perigosas rodovias do Brasil.

Assim, não é a toa que inúmeros artistas sertanejos já se envolveram em acidentes nas estradas, sendo certo que alguns acabaram falecendo, caso do jovem cantor Cristiano Araújo.

Apenas neste ano de 2015, pelo menos mais outros três acidentes envolveram outros cantores sertanejos nas estradas brasileiras. 

No dia 6 de fevereiro de 2015, Milionário, da dupla com José Rico. Um caminhão bateu no ônibus que levava Milionário para Foz do Iguaçu (PR) na Rodovia Raposo Tavares, em Ibirarema, no interior de São Paulo. Ele não se feriu. 

Hugo Alves, da dupla com Thiago. No dia 5 de março de 2015, o cantor sofreu um acidente de carro na Rodovia Marechal Rondon, em Botucatu, São Paulo. O cantor não teve ferimentos e deixou o local consciente. 

No dia 06 de março, Richard Vianna dirigia sua Tucson, no km 299 da BR-101, no Espírito Santo, quando foi atingido por uma carreta que ultrapassou o sinal vermelho,  O sertanejo sofreu escoriações no rosto e ainda sente dores na clavícula.

Ainda podemos lembrar de outros acidentes graves, ocorridos em anos anteriores, como o que envolveu a dupla Marcos e Belluti, em 2014, ocasionando ferimentos em nove pessoas e a morte do baixista Rafael Sales; Pedro Leonardo, filho de Leonardo, em 2012, que até hoje encontra-se em recuperação; João Paulo, da dupla com Daniel, que faleceu em 1997; e o próprio Daniel, que em 2006 sofreu acidente que vitimou duas pessoas.

Sem dúvida, o sucesso sertanejo proporciona muito dinheiro, mas no Brasil é um risco constante, principalmente porque as viagens costumam ser feitas nas madrugadas, após os shows.