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Angola, país comparsa de Lula, PT e Cuba, após 37 anos tem mudança no poder

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José Eduardo dos Santos anuncia que irá passar o poder a João Lourenço, em Angola, após 37 anos de reinado absoluto. A decisão (imposição, na verdade) vem do MPLA, o grupo político dominante na cleptocracia que é um Brasil piorado.

Não há muito o que dizer sobre Angola, país em que a experiência socialista, protegida por soldados cubanos, agudizou a desigualdade a níveis jamais experimentados em democracias liberais.

José Eduardo revogou o socialismo, enquanto sua filha, Isabel, se tornava a mulher mais rica da África e os dirigentes do MPLA faziam bons negócios. Mas nunca perdeu o cacoete autoritário, apesar de forçado (por forças externas) a permitir a existência legal da UNITA, que lhe fez oposição, civil e militar, por décadas.

Com muitos diamantes e petróleo, Angola, como o Brasil, acredita no fetiche das riquezas naturais e no velho compadrio. Ninguém, nem mesmo Portugal, nos é tão semelhante.

Se bem que eles nos consideram ainda mais corruptos. Lembro-me de ter lido num jornal angolano uma piada sobre quanto custaria a construção de uma pequena ponte rodoviária. Tinham sido consultados quatro empreiteiros: um chinês, um angolano, um português e um brasileiro. A resposta de cada um, segundo o jornal angolano:

- O chinês: - Um milhão de dólares.

- O angolano: - Dois milhões de dólares. - Dois milhões? Questionou o funcionário do governo. - Sim, um para mim e outro para o chinês fazer a ponte, disse o empreiteiro angolano.

- O português: - Cinco milhões de dólares, nossa tecnologia é avançada, padrão europeu, utilizaremos mão de obra portuguesa, por isso a ponte é mais cara.

- O brasileiro: Dez milhões de dólares. - Dez milhões? Pulou da cadeira o funcionário do governo. - Sim, cinco para mim, cinco para você, e quem precisa de ponte?

O jornal não disse, mas parece óbvio que o governo escolheria o empreiteiro brasileiro, como de fato tem sido praxe no país no governo de José Eduardo dos Santos.

Que novas ideias floresçam por lá, como têm florescido por aqui.

Aurélio Schommer

da Redação Ler comentários e comentar