Novo delator, amigo de José Dirceu, complica a situação do ex-ministro

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A situação de José Dirceu está deseperadora. Nos meios jurídicos já se aponta como certo o seu retorno à prisão. A delação do lobista Milton Pascowitch incrimina o ex-ministro e dá detalhes sobre propinas que teriam sido pagas através de sua empresa, a  Jamp Engenheiros Associados.

Dirceu, condenado no mensalão, cumpre pena de prisão domiciliar.

Pascowitch é apontado como um dos elos entre a Engevix e Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobrás, que foi indicado para o cargo pelo PT e, supostamente, ligado a Dirceu, para facilitar negócios na estatal. 

Entre 2001 e 2012, a Jamp Engenheiros pagou R$ 1,45 milhão a Dirceu. 

Quando a informação foi tornada pública em maio, o ex-ministro disse que se tratava de pagamento por consultoria prestada sobre empreendimentos da Engevix no exterior. A Jamp também pagou parte da casa onde funcionava a empresa de consultoria de Dirceu.

Pascowitch já disse que parte do dinheiro repassado da Engevix para Dirceu era propina, e não pagamento de consultoria. O lobista disse também que intermediou pagamento de suborno ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que está preso em Curitiba.

Pascowitch se comprometeu a indicar outras empresas que teriam feito pagamentos indevidos a Dirceu. A partir daí, o Ministério Público e a Polícia Federal tentarão rastrear a movimentação financeira e concluir parte das investigações relacionadas a Dirceu.

Pascowitch foi autorizado a deixar a prisão, onde estava desde maio. Ele passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

da Redação Ler comentários e comentar