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Coisas estranhas neste Brasil: amadorismo demais

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Os elementos vazados da colaboração premiada dos irmãos Batista, donos da J&F, trazem bombásticas revelações que abalam a República, de forma irreversível, apesar de uma série de esquisitices em todo o episódio.

Embora um processo recente sobre acontecimento de 2017, ao contrário das revelações das delações da Odebrecht e de outros que se referem a períodos anteriores, vem decorrendo há meses, sem que aparentemente, autoridades envolvidas tomassem consciência.

A partir da intenção de colaboração, eles teriam sido autorizados a fazer gravações, monitoradas pela Polícia Federal, para obtenção de provas materiais. E teriam, inclusive, sido autorizados pelo Ministro Fachin a gravar conversas com o Presidente da República. O que seria um abuso de poder.

E o Presidente da República, supostamente, sem ter sido informado dos riscos e ‘ingenuamente’ ou por autossuficiência recebe Joesley Batista para uma reunião a sós, no Palácio Jaburu, onde trata de assuntos não republicanos. Com todos os processos investigativos em andamento.

Se ele assumiu a ‘chefia da facção’ que remanesceu após a derrocada da facção petista, agiu com absoluto amadorismo.

Só lhe cabe renunciar, por incompetência.

Por outro lado, não está ainda claro de porque a J&F acedeu em contribuir para os supostos gastos da defesa de Aécio Neves, a partir de uma conversa nada republicana: na realidade, uma conversa de membros de quadrilha criminosa. Não foi apenas uma conversa entre amigos.

Jorge Hori

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Jorge Hori

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