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Desvendando a trama diabólica que envolveu a delação da JBS (parte I)

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Pelo visto, em toda essa história da delação da JBS, o que não tem é ‘inocente’.

De qualquer forma, todos alegam inocência.

Chegou a vez do procurador da República Ângelo Goulart Villela, preso sob a acusação de vender informações aos donos da JBS. Ele quer falar e contar a sua versão.

O procurador não é inocente, é o que se depreende das gravações captadas com autorização judicial, mas, entretanto, parece ter sido cuidadosamente escolhido para ser o ‘bode expiatório’, ao lado do advogado Willer Tomaz.

A trama diabólica arquitetada, certamente foi orientada por alguém muito forte que, por alguma razão, pretendia implicar o procurador e também o juiz federal Ricardo Leite, que ficou conhecido por ter determinado a suspensão das atividades do Instituto Lula, medida posteriormente revogada.

Por isto naquele diálogo com Temer, Joesley disse que tinha um procurador e dois juízes na mão (um dos juízes seria o dr. Ricardo Leite). Era um blefe naquele momento, mas com as ‘armadilhas’ em andamento.

Sabendo do bom relacionamento nos meios jurídicos e da amizade com o procurador, em fevereiro deste ano Joesley contratou Willer Tomaz para defender uma de suas empresas, a Eldorado Celulose.

As partes assinaram contrato. Tudo certinho e bastante formal. A ‘isca’ estava lançada.

Nos dias seguintes, após a assinatura do contrato de prestação de serviços jurídicos, Joesley e o diretor do grupo JBS Francisco Assis e Silva passaram a interpelar o advogado, queixando-se de perseguição na Procuradoria-Geral da República, por parte do procurador Anselmo Lopes, responsável pela Operação Greenfield, na qual a empresa Eldorado Celulose estava envolvida.

Foi então que Willer Tomaz resolveu abrir um novo canal de conversação na PGR, o procurador Ângelo Goulart Villela. Pronto, mordeu a isca.

No próximo artigo, prossigo e conto como o juiz escapou da ‘arapuca’. Publico amanhã (30).

Otto Dantas

otto@jornaldacidadeonline.com.br

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