Para mulher que furtou desodorante e chiclete, Fachin negou Habeas Corpus

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No momento em que o ministro Edson Fachin acaba de liberar da prisão o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, flagrado com uma maleta contendo R$ 500 mil reais, provenientes de propina, vale a pena recordar uma outra decisão do mesmo ministro, que numa situação bem menos grave, não foi tão benevolente, aliás foi extremamente duro e cruel.

Uma mulher de 39 anos, presa em flagrante em 2011 por tentativa de furto de dois desodorantes e chicletes de um estabelecimento comercial em Varginha (MG), teve negado um Habeas Corpus, em fevereiro deste ano.

Rocha Loures, ao contrário, não obstante a gravidade de sua conduta, esta semana teve o seu pedido de Habeas Corpus deferido e já descansa tranquilamente em sua mansão em Brasília.

Vale dizer que o valor atualizado dos desodorantes e chicletes que a mulher tentou furtar, perfazem apenas R$ 42, e o recurso interposto visava arquivar definitivamente a ação penal.

Parece uma demonstração inequívoca da seletividade dos magistrados brasileiros no julgamento de seus processos, utilizando diferentes critérios, de acordo com quem está sendo julgado.

da Redação

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