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Temer supera Dilma e se torna o presidente mais ridículo da História

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O paredão formado de dez ou mais pesados e enormes vasos, com altos arbustos plantados, que Michel Temer mandou colocar ao longo da lateral da entrada do Palácio do Jaburu, para que as visitas que o presidente recebe não sejam fotografadas entrando ou saindo na residência oficial, não apenas retrata o desprezo do presidente com o povo brasileiro como é a prova irrefutável do mais torpe gesto de esconder o que deveria ser escancaradamente público e do conhecimento de todos.

Primeiro porque o palácio não é dele, mas do povo.  E a entrada de quem chega ou deixa a residência, que é pública, oficial e não é da propriedade de presidente algum, não é para ser escondida, camuflada, encobertada, nem muito menos proibida de ser fotografada.

A parte externa do Jaburu é para ser tão amplamente visível quanto a rampa do Palácio do Planalto. Mas a novidade não surpreende.

Um presidente que tem a rejeição de 93% do povo brasileiro, que comete gafes e mais gafes (na viagem à Noruega disse, olhando para a primeira-ministra, que logo em seguida seria recebido pelo Rei da Suécia!; antes disso, na Federação Russa, referiu-se à República Socialista da Rússia!), que mente sem o menor constrangimento (antes, Joesley Batista era um grande empresário e depois virou um grande bandido!) e que não larga o cargo, mesmo sendo ele o primeiro presidente da História do Brasil a ser denunciado por crime comum junto ao Supremo Tribunal Federal, é um presidente caído, fracassado e desmoralizado.

Temer, respeite o cargo. Temer, respeite a vontade do povo. Temer, vá embora. Seu tempo já passou. Como é ridícula a teimosia de um ancião que não assume sua condição.

Doutor Janot, aquele paredão é inconstitucional. Moralidade e publicidade são obrigações a que estão submetidos os agentes públicos (Constituição Federal, artigo 37).

Até o dia 17 de Setembro próximo o senhor está com a caneta na mão e até lá "tem bambu para fazer flechas". Dê entrada na Justiça com o pedido para a retirada daquele paredão que Temer mandou colocar na entrada do Jaburu.

Jorge Béja - Advogado no Rio de Janeiro e especialista em Responsabilidade Civil, Pública e Privada

(UFRJ e Universidade de Paris, Sorbonne). Membro Efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB)

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Jorge Béja

Advogado no Rio de Janeiro e especialista em Responsabilidade Civil, Pública e Privada (UFRJ e Universidade de Paris, Sorbonne). Membro Efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB)

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