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Dilma decide cortar 80 bilhões no orçamento

O momento de ajuste do país ainda entra em sintonia com o cenário econômico internacional, com dificuldades para todos os países.

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A presidente Dilma Rousseff se reuniu na tarde deste domingo (17) com ministros no Palácio da Alvorada para definir o valor do bloqueio de gastos, chamado contingenciamento. O corte pode chegar a R$ 80 bilhões. O anúncio oficial está previsto para quinta-feira (21) - o prazo legal termina no dia seguinte. Os ministros da "junta orçamentária", formada por Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), participaram do encontro, que durou quatro horas. 

No sábado (16), o ministro Joaquim Levy destacou que a disciplina fiscal é importante para o país retomar o patamar visto em 2013, ano "bom, até certo ponto expansionista", "uma boa linha de referência" em relação aos gastos do governo. Para ele, o Brasil já começou a mudar com o ajuste fiscal. "É um exercício de disciplina, mas 2014 foi um ano que foi um pouco além do que a gente consegue sustentar." 

O ministro também comentou que já que a Câmara dos Deputados não aprovou o endurecimento das regras para concessão de auxílio-doença e mudou o cálculo da aposentadoria, o governo pode vir a reduzir ainda mais os gastos. 

O momento de ajuste do país ainda entra em sintonia com o cenário econômico internacional, com dificuldades para todos os países. “É muito importante a gente ter as contas em dia, mas além disso é um Brasil que vai mudar pelas próprias forças da economia”, assegurou. Segundo Levy, a expectativa é aumentar exportações, conquistar uma indústria mais competitiva e retomar o emprego. 

Para Levy, além do sucesso do ajuste fiscal, com o plano de infraestrutura que deve ser anunciado em breve e a retomada da confiança do setor privado, 2016 pode ser um ano "muito interessante". O governo estaria estudando formas de simplificar a cobrança de impostos como o ICMS e o Cofins, para o processo ficar menos complexo e para ajudar no crescimento das empresas. 

da Redação Ler comentários e comentar