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A mais inadmissível incoerência de Edson Fachin

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O ministro Edson Fachin, conforme intensamente noticiado, retirou do juiz Sérgio Moro diversas investigações contra o ex-presidente Lula.

Tais medidas poderão até ter um efeito positivo, vez que nas mãos de um outro juiz, a contumaz intransigência, deselegância e má educação dos advogados de Lula poderá ser tratada com mais rigidez.

Um novo juiz nas causas poderá ter mais tranquilidade de mandar prender um advogado como Cristiano Zanin, por um eventual desacato.

De qualquer forma, a decisão de Fachin prendeu-se a recursos interpostos pela defesa de Lula, fatigada de ser juridicamente massacrada por Moro e buscando melhor sorte numa outra seção judiciária.

Todavia, a desconfiança sobre Fachin se sobressai, quando vem à tona que o ministro buscou o apoio da JBS na campanha para obter o apoio dos senadores com relação a sua indicação para o STF.

O ministro andou de braços dados com o executivo Ricardo Saud, um dos delatores do grupo J&F. Com ele visitou, um a um, os senadores.

De onde vinha a força de Saud para avalizar o ministro? Será que Fachin não fez a si próprio tal questionamento? 

Outra coisa, na época o ministro tinha conhecimento das práticas criminosas da JBS? 

São indagações que forçosamente surgem, mormente após a revelação de que o pai do genro e sócio de Fachin na época da advocacia, é funcionário graduado dos irmãos Batista, há quase duas décadas.

Sem dúvida, um comportamento no mínimo extremamente ingênuo, que efetivamente depõe contra a credibilidade do magistrado.

E se foi tão somente 'ingenuidade', inadmissível para um ministro do STF.

Gonçalo Mendes Neto

goncalo@jornaldacidadeonline.com.br

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