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Qual a lógica em diminuir os recursos destinados à operação Lava Jato se ela recupera mais dinheiro do que gasta?

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Só a resposta a essa pergunta já revela a incoerência dos que justificam reduzir os recursos dos órgãos responsáveis pelas investigações desta operação, baseando-se nas dificuldades orçamentárias da União.

Fica até difícil contabilizar a quantidade de dinheiro recuperado aos cofres da União, já que à todo instante novos desvios são descobertos.

Até março de 2017, 11,5 Bilhões de reais já haviam sido recuperados provenientes de acordos realizados com as empreiteiras envolvidas no assalto aos cofres públicos.

O procurador da República, Athayde Ribeiro Costa, na última quinta-feira (27), denunciou a "displicência" com que o atual ministro da justiça, Torquato Jardim, tem tratado tão importante investigação.

Mudar a equipe que faz a investigação sem ao menos conversar com os chefes da operação, limitar recursos financeiros à Polícia Federal alegando contenção de gastos, são apenas algumas das medidas implementadas por esse ministro.

Com ironia e sarcasmo, o ministro da justiça, respondeu ao procurador da República, que o seu currículo e passado público por si só desqualifica sua denúncia, marcando uma "visitinha" ao QG da operação, já que essa atitude acalmaria os integrantes da Força Tarefa.

Cinismo e arrogância à parte, esse tipo de pronunciamento parece ser um mantra utilizado por muitos servidores públicos que não conseguem buscar uma argumentação lógica que justifique suas atitudes, muitos deles inclusive, hoje residentes em celas das prisões de Curitiba.

Roberto Corrêa Ribeiro de Oliveira

Foto de Roberto Corrêa Ribeiro de Oliveira

Roberto Corrêa Ribeiro de Oliveira

Médico anestesiologista, socorrista e professor universitário

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