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Ministro da Justiça manda apurar se advogada foi impedida de atuar na defesa de Marcelo Odebrecht

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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou à Polícia Federal (PF) a abertura de investigação para apurar se a advogada do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, foi impedida por delegados de acompanhar um dos depoimentos do investigado.

Segundo o ministro, o fato envolvendo a advogada Dora Cavalcanti foi comunicado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). 

"Em todos os casos em que houver denúncia de possíveis irregularidades, cabe ao ministro da Justiça, zelando pela legalidade e pelo Estado Democrático de Direito, determinar a apuração do ocorrido. Assim fiz e continuarei procedendo", declarou Cardozo.

No mês passado, a PF apreendeu um bilhete no qual Marcelo Odebrecht escreveu a frase "destruir e-mail sondas". O bilhete foi endereçado aos advogados dele e interceptado pelos agentes da PF que fazem a vigilância da carceragem. Entre as frase escritas no bilhete aparecem os dizeres “destruir e-mail sondas RR”.

Segundo a advogada, devido à investigação do conteúdo do bilhete, ela foi impedida de acompanhar um dos depoimentos de Marcelo Odebrecht.

Para decretar a prisão dos executivos da Odebrecht, Sérgio Moro baseou-se, entre outras provas, em e-mail trocado entre Marcelo Odebrecht e um de seus executivos, nos quais é mencionado o sobrepreço de US$ 25 mil por dia para operação de sondas de perfuração da Petrobras. Segundo a Odebrecht, o termo sobrepreço utilizado na mensagem não tem a ver com "superfaturamento, cobrança excessiva, ou qualquer irregularidade" e "compreende o reembolso do custo de operação e manutenção das sondas, acrescido de uma remuneração fixa sobre o referido custo".

Quanto ao que agora é dito pela empresa em relação a utilização da expressão "sobrepreço", o questionamento que cabe é se realmente nada tem a ver com "superfaturamento, cobrança excessiva, ou qualquer irregularidade", porque a determinação para destruição dos tais emails?

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