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Baiano e Duque vão falar. Políticos tremem...

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Os políticos peemedebistas e petistas que porventura tenham algum tipo de envolvimento com o assalto cometido contra a maior empresa brasileira, a Petrobras, podem ir colocando às barbas de molho, pois o caldo fatalmente irá entornar.

Na quarta-feira (5) o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque participou da primeira reunião com procuradores do Ministério Público Federal com o objetivo de fechar um acordo de delação premiada. Duque quer colaborar com as investigações em troca de redução de pena.  

Preso pela segunda vez e com a revogação da prisão preventiva negada pelo STF, parece não restar outra alternativa para o ex-diretor. As revelações de Duque irão fatalmente complicar a situação de inúmeros políticos do PT. Duque, de acordo com os delatores já ouvidos, era diretamente ligado aos petistas.

Já na quinta-feira (6), foi a vez do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado como o operador de propinas do PMDB no escândalo do petrolão, discutir na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, as linhas gerais de um possível acordo de delação premiada.

Segundo investigadores, a situação jurídica do lobista seria uma das mais complicadas da Lava Jato por haver provas fartas de que atuou como intermediário de vantagens indevidas na Petrobras. Ainda assim, uma futura delação dele pode ampliar os indícios contra políticos do PMDB apontados como possíveis destinatários de propina e pode indicar também novos nomes de parlamentares alvo de dinheiro sujo movimentado na estatal.

Com três prisões preventivas decretadas pelo juiz Sergio Moro, portanto praticamente sem possibilidade de deixar a prisão, Baiano dedicava-se "profissional e habitualmente" à intermediação de propinas e a práticas de lavagem de dinheiro em contratos de grandes empresas com a administração pública. A atuação criminosa do operador do PMDB no petrolão inclui a simulação de consultorias de prestação de serviços no Brasil e o envio de propina para contas bancárias secretas, abertas no exterior em nome de empresas offshores.

Documentos enviados por investigadores da Suíça foram utilizados por Moro para sustentar que há elementos reforçando a necessidade de manter o lobista preso. Entre esses dados estão informações sobre contas na Suíça que indicam que Fernando Baiano era o beneficiário final de conta em nome da offshore Three Lions Energy, destino de propinas pagas pelo executivo Julio Camargo e repassadas ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

Com altíssimo potencial para implicar ainda mais políticos peemedebistas, uma eventual delação do operador do PMDB no petrolão deverá ser fechada na procuradoria-geral da República, em Brasília.

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