Trump, o rei das gafes. Deslize sobre menstruação põe em risco candidatura do bilionário americano

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O pré-candidato à presidência dos Estados Unidos desta vez pode ter extrapolado. Na sexta-feira (7), Trump insinuou que a âncora da Fox News, Megyn Kelly, havia sido agressiva durante o debate de quinta-feira (6) porque estava menstruada. Ele disse que Kelly tinha "sangue saindo dos olhos, sangue saindo...sei lá de onde".

Rivais republicanos apostam que esta gafe vai enterrar sua pré-candidatura à Presidência dos Estados Unidos definitivamente.

A jornalista havia interpelado Trump sobre comentários misóginos que o empresário já fez - ele chamara uma comediante de "porca gorda" e "gorda desleixada".

Trump passou este domingo (9) desmentindo que citasse aspectos hormonais de Kelly. "Eu quis dizer sangrar pelo nariz e pelas orelhas. Você acha que eu faria um comentário estúpido desses?"

Muita gente achou que sim, inclusive Erick Erickson, radialista que cancelou o convite para Trump participar de uma conferência de conservadores. "Ele passou do limite da decência", disse.

"As mulheres entenderam o comentário. E sim, é ofensivo", disse Carly Fiorina, única mulher entre os 17 pré-candidatos republicanos.

A aposta agora é se este novo deslize será capaz de interromper a ascensão de Donald Trump.

Ele já disse que o México estava mandando estupradores para os EUA e que o senador John McCain, que ficou quase seis anos preso no Vietnã, não era "herói de guerra".

Trump lidera a corrida pela indicação: na última média de pesquisas compilada pelo site Real Clear Politics, ele tem 24,3% dos votos, e Jeb Bush, irmão do ex-presidente George W. Bush, tem 12,5%.

Mas o risco é que, diante de uma implosão, Trump opte por uma candidatura independente e divida os votos dos conservadores. O fantasma de Ross Perot assombra os republicanos. Em 1992, Perot concorreu como independente, roubou parte dos votos de George Bush pai e ajudou Bill Clinton a vencer.

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