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PF prende lobista cliente de José Dirceu

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A Polícia Federal prendeu ontem (21) o lobista Milton Pascowitch, apontado como o operador que aproximou a empreiteira Engevix do PT e a ajudou a distribuir milhões de reais em propina para garantir seus contratos com a Petrobras.

O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato no Paraná, justificou a medida afirmando que Pascowitch podia movimentar recursos mantidos em contas secretas no exterior e fugir do país.

Pascowitch continuou movimentando dinheiro no exterior mesmo após as primeiras prisões do caso, há um ano.

A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 78 milhões em contas dele e do irmão José Adolfo.

Embora não tivesse um único funcionário registrado, a empresa de Pascowitch, a Jamp Engenheiros Associados, recebeu mais de R$ 80 milhões da Engevix entre 2004 e 2014. No mesmo período, também recebeu pagamentos de consórcios compostos por outras empreiteiras com negócios na Petrobras, como Odebrecht e UTC.

O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que colabora com as investigações e admitiu ter recebido propina para facilitar os negócios das empreiteiras, apontou Pascowitch como um dos 11 operadores que pagaram propina a ele e ao ex-diretor de Engenharia e Serviços da estatal Renato Duque, ligado ao PT.

Os procuradores da Lava Jato também analisam as ligações do lobista com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. A empresa de Pascowitch pagou pelo menos R$ 1 milhão à empresa de consultoria de Dirceu entre 2011 e 2012.

A polícia também prendeu o empresário Henry Hoyer de Carvalho, apontado como um dos operadores do PP no esquema de corrupção. Não havia mandado de prisão contra ele, mas os policiais encontraram em sua casa três armas sem documentação e ele foi preso por porte ilegal.

da Redação Ler comentários e comentar