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A “intocável” Petrobras é nossa maior inimiga

“Fazemos o que bem entendemos!” – proclamam, certamente, aqueles que comandam essa pretensiosa estatal.

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E o “Governo-proprietário” se submete às exigências da sua ‘Petrobras-propriedade’. Basta ver a política de preços que ela vem praticando, livremente, desde julho de 2017, com seus reajustes, inclusive diários, baseados na variação do dólar e do preço do petróleo no exterior.

Então, na verdade, temos uma ‘Petrodólar’, com ares superiores de ‘além-fronteiras’, e indiferente ao nosso povo. – você poderia concluir com ironia.

Até porque é maldoso transferir para os consumidores o ônus do aumento internacional enquanto as empresas mantêm o seu lucro. Em regime de livre concorrência, nada disso aconteceria porque parte dos prejuízos seriam absorvidos por elas.

Mas a “intocável” e “irredutível” Petrobras faz o que? “Decreta” que a sociedade pague toda a diferença. Por isso, ela é, hoje, nossa maior inimiga.

A própria greve dos caminhoneiros - crise política que contestou a autoridade governamental vinculada à arrogância dessa empresa - fez o Brasil parar, e o governo baixar o preço do diesel, congelando-o por 60 dias. “Em caráter excepcional”, sentenciou Parente, antes de deixar o cargo sob forte pressão.

Já a gasolina se manteve “flutuando”, embora o ideal seria ter aumentos periódicos, antecipadamente comunicados à população.

O Governo, porém, está sempre pronto a satisfazer os caprichos da sua cria mal-educada. Isto é, ele não questiona suas supremas decisões e bem protegidas finanças”. Mesmo quando se trata de beneficiar o consumidor.

O próprio Temer não prometeu ao atual presidente, Ivan Monteiro, “não interferir na empresa”? Sua mais recente ideia, para evitar aumentos frequentes, “sem causar melindres”, não é leiloar o pré-sal de uma área cedida a essa estatal e que renderia nada menos do que 80 bilhões?

“Não seria mais simples estender os prazos entre os reajustes da gasolina, como vem sendo feito com os do gás? ” – você poderia questionar.

O Governo, no entanto, quer “mais dinheiro entrando”. Ou “mecanismos não-definitivos” que garantam o preço da gasolina até outubro, o que deixaria a solução dessa questão como “herança para o futuro governante”, e a Petrobras, como sempre, intocada.

Só resta a nós sabe o que? Combater com redondos e sonoros NÃOS as abusivas imposições dessa empresa. Isso resultaria em “desmontá-la”, e montá-la outra vez. De tal modo, que ela levasse à sério a sua missão original de “atuar na indústria de petróleo e gás de forma ética, segura e “rentável”, com responsabilidade social e ambiental, contribuindo para o desenvolvimento do Brasil”.

E que esse “rentável” - veja bem - não servisse mais para “encher os seus abarrotados cofres” apenas, já que, no meio político, esse termo vem sendo praticado inaceitavelmente “em benefício próprio”.

Quem sabe assim essa Petrobras desceria do seu falso “pedestal de auto-idolatria”, e faria jus ao que ela apregoa ser: “Uma empresa integrada de energia com foco em óleo e gás e que “evolui com a sociedade”.

Veja que estamos falando de uma organização que perdeu a credibilidade e a razão. Até para a classe dos petroleiros que se posiciona contra ela.

Ninguém mais acredita nem mesmo naquele seu pomposo e igualmente falso slogan “O desafio é a nossa energia”.

E então? Vamos continuar nos permitindo ser absurdamente “desafiados”? Ou vamos recorrer à “energia do nosso próprio poder”, como povo e maioria, para dar um basta definitivo em toda essa desprezível desmoralização?

Foto de L. Oliver

L. Oliver

Redatora e escritora, com diversos prêmios literários, e autora de projetos de conscientização para o aumento da qualidade das sociedades brasileira e global. Participa do grupo Empresários Associados Brasil, que identifica empresas e profissionais em busca da excelência em produtos e serviços no país e no Exterior. Criou e administra o grupo “Você tem poder para mudar o Brasil e o mundo”, de incentivo à população no combate à corrupção. https://www.facebook.com/groups/1639067269500775/?ref=aymt_homepage_panel

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