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Um relato emocionante de uma médica venezuelana

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Conheci esta semana uma amiga muito especial, Dra Alejandra, cirurgia cardíaca que fez sua residência há muitos anos atrás no Hospital Beneficência Portuguesa em São Paulo, e que agora nos honra com sua presença aqui no Tocantins.

Infelizmente precisou deixar a Venezuela e tudo o que havia construído com muito trabalho, amor e carinho para fugir da opressão e dos horrores impostos pela ditadura comunista de Nicolás Maduro.

Relatou-me que o caos se instalou na Venezuela, nos hospitais está faltando de tudo. Doentes que necessitam de insulina e/ou hemodiálise, por exemplo, agonizam lentamente até a morte, pois não existe mais o tratamento para todos os doentes necessitados; antibióticos, quimioterápicos, vagas de UTI, etc, nem vou comentar. Chega a ser assustador os seus relatos.

Devagar e silenciosamente, a ditadura comunista cubana foi se apoderando e se apossando de sua nação. Primeiro vieram os "médicos", depois os "professores"... quando se assustaram, serviços públicos essenciais e posições importantes e estratégicas do exército venezuelano eram controlados por comunistas castristas.

A poderosa e bem treinada "Tropa de Elite" cubana, conhecida como "Vespas Negras" (Vespas Negras é a principal força de elite com que conta as Forças Armadas Revolucionárias de Cuba, a preparação desses combatentes é muito rigorosa, para poder combater uma possível invasão a ilha. As tropas especiais cubanas foram criadas em 1 de dezembro de 1986), além de cuidar da segurança do maníaco ditador venezuelano, não exita em assassinar friamente qualquer cidadão que ouse enfrentar o governo. Atiram, sem pudor e para matar, quem ouse protestar.

Fiquei estarrecido ao ouvir o relato que uma tradição venezuelana, as agências preparatórias para a formação de Misses, foram transformadas em "agências de aliciamento de jovens para a prostituição", com a finalidade de saciar os desejos insanos do alto comando do governo comunista bolivariano.

Um absurdo o que fizeram com a Venezuela. Um governo despótico e autoritário, que tem seu poderio econômico sustentado atualmente pelo petróleo e pelo narcotráfico, subjuga toda uma nação.

Para finalizar, quando perguntei se ela tinha vontade de retornar ao seu país de origem, ela me respondeu: "Infelizmente não, por minhas filhas, pelo futuro e pela segurança de minha família, preciso ficar longe de meu país.

A Venezuela de hoje, não é a verdadeira Venezuela que conheci quando jovem e que tanto amava. Hoje somos uma colônia cubana. Fomos invadidos e estamos dominados pela ditadura comunista de Havana. Roubaram muito mais que as nossas riquezas materiais, roubaram a nossa dignidade, nossa felicidade, os nossos sonhos e a nossa esperança . A política assistencialista e populista implantada pelo comunismo, criou uma legião de cidadãos miseráveis dependentes do Estado, que acreditam que tem o direito de receber tudo sem nada produzir. Estimulam os pobres a roubar e tomar à força os bens materiais de pessoas em melhores situação financeira, pois os fizeram acreditar que o sucesso de alguns é fruto de uma exploração injusta de uma minoria desprivilegiada. Acabaram com o meu país. "

Doutora Alejandra, é uma honra ter tido a oportunidade de conhecê-la, sinta-se abraçada e acolhida por nós brasileiros. Por pouco não seguimos o mesmo destino que o seu país. O governo petista utilizou os nossos recursos para financiar seus algozes, infelizmente, temos uma grande parcela de culpa com o que está acontecendo hoje na América Latina.

Precisamos extirpar nas próximas eleições a doença comunista que teima em contaminar a nossa nação. Querem manchar de vermelho a nossa linda bandeira verde e amarelo. Felizmente acordamos à tempo, relatos como o da senhora, nos dá a certeza que estamos no caminho certo.

A defesa de nossa liberdade democrática deverá ser um compromisso de todos aqueles que sonham com um país livre e melhor para nós e para as nossas futuras gerações.

Foto de Roberto Corrêa Ribeiro de Oliveira

Roberto Corrêa Ribeiro de Oliveira

Médico anestesiologista, socorrista e professor universitário

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