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Quadrilha internacional: Corrêa terá os mesmos advogados de Lula e tese idêntica de defesa

Inúmeras acusações pesam sobre o meliante equatoriano e os mesmos advogados de Lula alegam o lawfare.

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Intrigante, no mínimo... Os advogados do ex-presidente do Equador Rafael Correa, serão os mesmos do ex-presidente Lula.

O britânico Geoffrey Robertson e a brasileira Valeska Teixeira Martins, esposa do abobalhado Cristiano Zanin, defenderão na Bélgica - onde Correa encontra-se ‘refugiado’ - a tese de que ele é vítima de ‘lawfare’.

Trata-se da mesma bizarrice empregada em favor de Lula, ou seja, a alegação do uso de instrumentos jurídicos para fins de perseguição política.

O ex-presidente do Equador tem uma ordem de prisão preventiva decretada pela justiça equatoriana.

Assim como Lula no Brasil, Rafael Correa alega que 'não há provas da acusação e considerou a ordem de prisão preventiva parte de um complô e de uma farsa contra ele e seu legado'.

Na realidade, inúmeras acusações pesam sobre o meliante equatoriano.

O mandado de prisão refere-se à acusação de que Correa teria sido o mentor intelectual do sequestro do ex-deputado opositor Fernando Balda, em 2012 na Colômbia.

Neste aspecto, o ex-presidente descumpriu a ordem cautelar de se apresentar a cada 15 dias na Seção Penal do Tribunal, na capital, Quito, dai a medida extrema de decretação da prisão.

Fernando Balda foi sequestrado em Bogotá. A investigação revelou que os autores haviam sido contratados por agentes secretos equatorianos.

Ex-membro da esquerdista ‘Aliança País’, partido de Correa e de seu sucessor e agora desafeto, Lenín Moreno, Balda tornou-se opositor em 2009, aliando-se ao ex-presidente Lucio Gutiérrez, então o principal rival do esquerdista.

O ex-deputado integrou a defesa do ministro da Defesa da Colômbia à época, o hoje presidente Juan Manuel Santos, processado no Equador pelo bombardeio ao país vizinho que terminou com a morte do líder das Farc, Raúl Reyes, em 2007.

Ao mesmo tempo, fazia críticas e acusava Correa de irregularidades como a de espionar políticos e jornalistas. Foi processado por injúria e recebeu asilo da Colômbia em 2010, concedido pelo então presidente, Álvaro Uribe.

Morando em Bogotá, continuou fazendo críticas e se aproximou do direitista, desafeto de Correa.

Em 5 de julho de 2012, capturado por homens armados, foi levado para uma agência de imigração, sendo liberado na sequência.

O sequestro aconteceria um mês depois. Em outubro Balda foi deportado devido à decisão judicial do Equador sobre injúria e, já preso em Guayaquil, foi condenado a dois anos de prisão por 'atentar contra a segurança do Estado'.

O ex-deputado foi libertado em 2014 e continuaria investigando quem esteve por trás de seu sequestro. Embora tenha apresentado queixa-crime no Equador em 2012, esta só foi aberta em janeiro passado pela Procuradoria.

O ex-presidente ainda é acusado pela Controladoria-Geral de manipular o limite da dívida pública e de crime de responsabilidade pelo endividamento do país com a venda antecipada de petróleo.

Fonte: Painel da Folha

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