Eleição presidencial, debates e as chances de cada um dos candidatos

21/08/2018 às 09:31 Ler na área do assinante

O debate político deveria incidir apenas sobre o programa de governo para o país voltado para as áreas da educação, saúde, segurança, trabalho, previdência social, habitação, proteção à maternidade e à infância, assistência aos desamparados e erradicação da pobreza, redução das desigualdades sociais e regionais, desenvolvimento nacional, infraestrutura básica das cidades onde os esgotos ainda correm a céu aberto, e não descambar para questões pessoais ou comportamentais dos candidatos.

Os candidatos com maiores chances de eleição já são velhos conhecidos da maioria dos brasileiros, e as pesquisas já registram a tendência da opção de votos dos eleitores. Portanto, não acredito que haja surpresa na eleição do novo presidente da República.

A maioria dos candidatos e alguns jornalistas tentam impedir o avanço de Bolsonaro nas pesquisas. Por exemplo, (1) na sabatina da GloboNews quiseram desmoralizar Bolsonaro, culminando com o quadro quixotesco em que a jornalista Miriam Leitão foi obrigada a reproduzir de ponto eletrônico balbuciando resposta à provocação de Bolsonaro em relação à intervenção militar, citando Roberto Marinho; (2) no debate da Band, Marina Silva insistiu em desmerecer Bolsonaro com questionamentos menores e despropositais sobre a desigualdade salarial entre mulheres e homens, enfatizando o Art. 5º da Constituição Federal. Marina deveria saber que é da função do Ministério do Trabalho fiscalizar e autuar empresas que praticam discriminação salarial em função de gênero, raça etc.

Marina é discípula do lulopetismo, tanto que tem mantido silêncio sobre a "honestidade" do ex-presidente preso. Marina tenta se apresentar como corregedora dos problemas sociais da mesma forma que se apresentava Lula. Marina, no segundo turno de 2014, apoiou a candidatura ao Planalto de Aécio Neves.

Bolsonaro é o único candidato, ele e seu vice, capaz de enfrentar o grave problema de falta de segurança no país. É impossível não se elevar a situação de falta de segurança interna como um problema que atormenta toda a sociedade brasileira.

Facções criminosas e traficantes ordenam ataques a carros fortes, casas bancárias e de dentro dos presídios mandam, incendiando ônibus, e até agora nenhuma medida eficaz foi tomada para estancar esta escalada criminal.

Por isso, reputo a falta de segurança como questão crucial do país. Mais importante, neste momento, que a educação e a saúde. Pois, sem segurança para todos, ninguém pode ir e vir, dirigir-se ao trabalho, ao médico, à escola, andar de ônibus ou de carro nas cidades e nem as propriedades rurais ou não rurais ficam seguras, haja vista as ações criminosas de elementos do MST, que invadem e destroem propriedades alheias.

Sem segurança pública, mais ou menos estabilizada, não haverá coragem de empreendedores, inclusive estrangeiros, fazerem investimentos no país para gerar empregos. Há agências bancárias que estão fechando por falta de segurança.

É óbvio que o país tem pela frente outros graves problemas, herdados de mais de 13 anos do governo petista. Mas sem uma política integrada e solidária na área de segurança pública, funcionando na linha de frente, não haverá paz social no Brasil. E que o diga o Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, hoje dominado pelas facções criminosas e pelos traficantes, com tiroteios diários.

Estranho que os candidatos com maiores chances de chegarem ao Planalto não elejam o problema da falta de segurança interna do país como bandeira para as suas candidaturas.

Assim, só vejo o deputado Bolsonaro como o único candidato capaz de enfrentar o problema de falta de segurança no Brasil.

Por outro lado, quanto ao candidato Ciro Gomes, que já o conhecemos de outros carnavais, não resta dúvida de que se trata apenas de um político intelectualizado. Mas já estamos cansados de ouvir promessas de soluções mágicas como, por exemplo, resolver rapidamente, no primeiro ano de governo, o endividamento de grande parcela de trabalhadores desempregados.

Por que, com toda a competência defendida por Ciro Gomes (e de seu irmão), a pobreza e o pouco desenvolvimento do Ceará continuam sendo uma triste realidade? Nem falo das agruras das regiões sertanejas, pois na própria capital cearense o panorama de miséria é bastante sentido por quem visita a cidade.

Os candidatos Meirelles e Alckmin dificilmente fariam um bom governo, pois são todos comandados pela tropa de fisiologistas políticos de seus partidos.

E Álvaro Dias, político de sólida formação, não terá muita chance de se eleger, da mesma forma que os demais candidatos, sem esquecer de que Lula, como ficha suja e preso, estará impedido de concorrer.

Júlio César Cardoso

Bacharel em Direito e servidor (federal) aposentado. 

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