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O declínio da medicina brasileira e a organização criminosa instalada no Governo Federal, roubando bilhões do SUS

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A história da Medicina no Brasil iniciou o seu declínio com a chegada, em 1990, do Sistema Único de Saúde. Esse declínio não terminou até hoje – foi acelerado, foi aperfeiçoado, diria eu, durante o Regime Petista, mas está longe de chegar ao fim.

Faço aqui um breve resumo introdutório sobre o que foi a gestão da saúde pública brasileira no século XX dizendo o seguinte:

Goste-se ou não de Getúlio Vargas, considere-se ou não que seu Governo foi (pelo menos inicialmente) uma Ditadura, faz-se necessário entender que tudo aquilo que existia em saúde pública antes dele tinha um caráter mais propriamente sanitário, "higienista" como dizem hoje os marxistas brasileiros, do que propriamente clínico.

Depois da década de 1930 começam a proliferar no Brasil os Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP’s) e as Caixas de Aposentados. Estas instituições, que reuniam trabalhadores de uma mesma profissão, praticamente terminaram em 1967 quando, em vigência do Regime Militar, criou-se o antigo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) - que mais tarde deu origem ao INAMPS.

O elo comum entre todos estes órgãos, até então, era a necessária ligação entre saúde e previdência social. Tinha direito a usar o sistema de saúde pública quem era trabalhador; não qualquer outro brasileiro. Os miseráveis, os desassistidos, eram atendidos em hospitais de caridade que recebiam do Governo Brasileiro as devidas isenções de impostos para o seu trabalho.

É depois da Constituição de 1988, mais precisamente em 1990, que separam-se definitivamente Saúde e Previdência Social no Brasil. Nascem portanto o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e o famigerado Sistema Único de Saúde – o SUS.

Inicia-se aí, afirmo eu, o colapso da Saúde Pública Brasileira e, com ela, da Medicina em nosso país.

Em 1990, o Foro de São Paulo e a Organização Criminosa que o representa no Brasil – o Partido dos Trabalhadores – já vinham, há 10 anos e a todo vapor, acelerando a Revolução Cultural Marxista que tomava conta do país desde a década de 1960.

Vulgarizou-se o ensino médico de uma forma paralela àquela em que se rebaixou a cultura média do país. Faculdades proliferando (e ainda hoje proliferam) por toda parte passaram a lançar na sociedade médicos de 24, às vezes 23 anos de idade, que eram verdadeiros medíocres, verdadeiros analfabetos, em termos de conhecimento dos cânones de nossa cultura, do conhecimento da nossa História Política e das atrocidades comunistas que imperavam pelo Mundo. Seu nível moral era ditado pelo rock dos anos 80, pelo Cassino e a Discoteca do Chacrinha e a eterna baixaria das novelas da Globo.

Desde 1990, não me canso de repetir, todo médico brasileiro sai da Faculdade pensando (ou sentido-se culpado se não pensar) como Che Guevara, querendo ter o padrão de vida de Beto Rockefeller e sendo tratado como Bruna Surfistinha.

O médico brasileiro recém formado é, hoje em dia, um pobre diabo que mora com os pais, que tem dificuldade para assumir sua própria família, alugar ou comprar sua própria casa e fazer sua própria história. Ele é, além disso e antes de mais nada, um miserável que tem no relativismo uma religião e no “trabalho em equipe com os demais profissionais da saúde” um dogma que constitui a base de um permanente assédio moral dentro dos serviços públicos.

O médico que “trabalha em equipe” dentro do SUS sabe que, se tudo der certo, é mérito da equipe; se der errado, a culpa é só dele.

O SUS foi, desde seu início, afirmo eu, o comunismo implantado na Saúde Pública brasileira. Ele foi e é, antes e mais do que qualquer coisa, um balão de ensaio que enfiou na cabeça da população doente (que os Vagabundos Petistas gostam de chamar de “usuários” como se fossem drogaditos) uma verdadeira religião – a religião do “Susismo”.

No “Susismo” qualquer pessoa, brasileira ou não, tem direito à absolutamente qualquer coisa em termos de prevenção e tratamento de suas moléstias – moléstias que, diga-se de passagem , ninguém ousa questionar se poderiam ser evitadas caso o comportamento do doente fosse outro.

Não, o doente está doente, “coitadinho”, ele não tem dinheiro, está desempregado e é uma “vítima do sistema capitalista”. Sendo assim, todos nós, médicos ou não, somos responsáveis pela sua vida e devemos salvá-lo.

O Regime Petista jamais conseguiu, mas gostaria de ter conseguido, que em toda formatura de Medicina fosse feito (além do nosso tradicional Juramento de Hipócrates) um Juramento do SUS. Não conseguiu, mas conseguiu fazer uma Nação inteira pensar que os médicos o fizeram!

É triste ser médico hoje no Brasil, é desesperador ver uma Organização Criminosa dentro do Governo Federal roubando bilhões sem colocar aquilo que é obrigada a colocar (pela Constituição) no financiamento do SUS.

É nojento ver trabalhadores, brasileiros de bem, gente humilde e de bom coração, morrendo sem cirurgia, sem leito de Unidade de Terapia Intensiva, porque os recursos foram gastos com moradores de rua viciados em crack, com traficantes, com prostitutas, com estrangeiros...com qualquer um que tem “direito a tudo” sem contribuir com nada.

É revoltante trabalhar chefiado por pederastas, ladrões, viciados, maconheiros e travestis filiados ao PT, PSOL e PC do B. É algo terrível receber aquilo que nos pagam em clínicas populares, não ter um plano de carreira e trabalhar nas espeluncas que são as UPA’s e os Hospitais Público, ver centenas de picaretas, amigos de políticos, abrindo faculdades de medicina em qualquer canto, tornando-se “secretários municipais da saúde” (estes pequenos vermes que não são bandidos o suficiente para serem prefeitos nem honestos os suficiente para serem médicos) ...É deprimente, depois de tudo e como médico, pedir para ser defendido por advogados de Sindicatos Médicos controlados pelos próprios Vagabundos Petistas.

O mais triste, o mais revoltante, é ver a covardia, o silêncio desta legião de omissos, dessa espiral de silêncio, que dominou uma gigantesca parcela dos médicos brasileiros – covardes que traíram tudo que juraram, que esqueceram tudo que estudaram e se abaixam para vagabundos da Política por medo de perderem seus empregos no SUS ou ficarem com fama de “loucos” entre os colegas.

Não, “louco” não! O chinelão que se tornou o médico brasileiro até aceita ser chamado de “filho da puta” pelo próprio colega, mas “louco”? Jamais!

É deprimente ver o nível cultural destes médicos, seu conhecimento de História, de Política, de Filosofia...seu verdadeiro “vazio cultural” que não sobrevive a 30 minutos de conversa com uma picareta qualquer como Márcia Tiburi ou qualquer outro patife da intelectualidade esquerdista.

A Medicina brasileira vem morrendo há décadas, está agonizando, está definhando aos poucos, engolida pelo comunismo dentro da Saúde Pública, comunismo que encontrou nela o último refúgio depois do PT ter destruído a Nação e começar a enfrentar dificuldades na manutenção da hegemonia em outros campos da cultura e do que restou da institucionalidade no Brasil.

Duzentos milhões de brasileiros querem “mudar a saúde pública” no Brasil mas primeiro vão ter que lidar com os médicos e não se trata SÓ de pagá-los melhor ou de lhes fornecer melhores condições de trabalho ou carreira. Não mesmo! Isso é aquilo que pedem os próprios vagabundos petistas dentro dos sindicatos médicos aparelhados.

Trata-se de questionar a própria “religião”, o própria “dogma”, a “seita” (como diz aquele patife da Rádio da Internet) que se tornou a justificativa para termos um sistema como o SUS no Brasil.

Isso, quem tem a obrigação moral de fazer são os verdadeiros médicos brasileiros...ou aquilo que ainda restou deles.

Foto de Milton Pires

Milton Pires

Médico cardiologista em Porto Alegre

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