PT quer mais 'afago' de Dilma e, contrariando suas históricas pregações, apoia a CPMF
18/09/2015 às 02:01 Ler na área do assinanteO PT, ao menos nas sua posições oficiais como instituição partidária deveria manter a coerência. Seria o mais inteligente
Entretanto, até mesmo na questão da recriação da CPMF, proposta pelo governo da presidente Dilma Rousseff, o partido, não obstante ter feito algumas ressalvas, avaliou como positiva.
E mesmo as ressalvas, tem caráter duvidoso.
O partido criticou a falta de diálogo do governo ao definir as medidas de reequilíbrio fiscal anunciadas. A leitura que se faz é que o partido quer 'afago', quer maior participação nas decisões e na divisão do poder.
"Como em outras ocasiões, faltou ao governo diálogo prévio e comunicação mais eficiente", disse o PT em resolução divulgada após reunião da Executiva do partido em São Paulo nesta quinta-feira (17).
O partido defendeu ainda que a proposta de recriação da CPMF, que será enviada pelo governo ao Congresso, seja modificada pelos parlamentares para incluir uma faixa de isenção no tributo. Essa faixa de exclusão seria analisada em conjunto com técnicos do governo. Pura demagogia barata. Até mesmo porque, não tem como haver isenção se o tributo é sobre a movimentação financeira. Ou seja, movimentou, pagou. E pronto!
"Defendo a CPMF porque é um imposto limpo, transparente, não prejudica a maior parte da população e dá uma transparência importante para o sistema financeiro e bancário", é a declaração de Rui Falcão, presidente do PT. Aliás, nesse ponto ele tem razão. Não existe imposto mais limpo e justo do que a CPMF, o problema é a sociedade ter que arcar com mais uma carga tributária, justamente num momento em que escândalos escabrosos de corrupção são descobertos e escancarados para o país.
Edmundo Zanatta
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