O PT não se considera postulante, mas “dono” do governo

02/10/2018 às 05:20 Ler na área do assinante

O Partido dos Trabalhadores governa o Brasil, ININTERRUPTAMENTE, desde 2003, com a posse de Lula, apesar do impeachment de Dilma Rousseff e posse do seu substituto, o “vice” Michel Temer, em 2016.

Foram dois mandatos consecutivos de Lula, totalizando 8 anos, e um mandato e meio de Dilma, correspondente a 6 anos.

Considerando que Temer, eleito como “vice”, em outubro de 2013, pelo então PMDB (hoje MDB), na chapa encabeçada por Dilma (PT), continuou seguindo fielmente as principais diretrizes e rotinas dos governos petistas, especialmente no atendimento das “ordens” do “Foro San Pablo”, e que também conseguiram manter em suas mãos importantes cargos do Governo Temer, este fazendo o papel meramente de uma figura “decorativa”, sem pulso para mudar nada de importante, não há como se falar em “interrupção” dos Governos do PT

Ora, a verdadeira “guerra” declarada pelo PT contra o impedimento de Dilma, com todas as tentativas, artimanhas e “ginásticas” políticas e jurídicas, para reverter o seu “impeachment”, bem como a postura obcecada de voltar à dirigir o país a partir de 1º de janeiro próximo, seja com Lula, Haddad, ou outro qualquer, bem demonstra com toda a clareza que o citado partido rejeita da maneira mais radical a ALTERNÂNCIA DE PODER, uma regra básica assegurada pela Constituição em respeito aos princípios republicanos e democráticos.

Por isso qualquer psiquiatra facilmente constataria o “distúrbio” de que as principais lideranças “raivosas” do PT não conseguem enxergar no direito de governar os limites constitucionais impostos pela “alternância de poder”. E que por isso desprezam totalmente a regra básica da democracia, agindo como se vivessem o regime de uma “monarquia”, ou “tirania” partidária, onde ficaria afastada qualquer possibilidade de alternância de poder.

Portanto há uma distância “quilométrica” entre ser sujeito do direito de governar, nos limites da lei, e sentir-se “dono” do governo, que indiscutivelmente é o caso do PT.

E para que lhe seja assegurado o “direito” de ser “dono” do Governo, do poder, todas as estratégias são válidas para o PT, não importando se amparadas pela moralidade ou legalidade.

O mais recente exemplo está na campanha difamatória que estão fazendo para prejudicar a imagem de Bolsonaro, atribuindo-lhe falsamente a afirmação de que “não aceitaria a sua derrota nas eleições”, e que se isso acontecesse Bolsonaro acionaria um “golpe” em revide ao resultado das eleições pró-Haddad. Isso é pura mentira. Eles “só” omitem - comprovando a ausência de qualquer ética política - que Bolsonaro não aceitaria MANIPULAÇÃO COM FRAUDE nas eleições, na contagem dos votos das urnas e computadores do TSE, caso essa fraude fosse detectada por algum meio de prova válida. Jamais ele afirmou que não respeitaria a soberania de escolha dos eleitores.

O que dizer de “gente” que procede assim?

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado, sociólogo,  pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).

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