A decisão do voto de quem não tem simpatia por nenhum dos candidatos

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Conheci Bolsonaro em 1986, pelas páginas de Veja. Prestei bastante atenção ao personagem.

A primeira impressão que me passou foi de um indivíduo destemperado a cultuar ideias a mim pouco simpáticas.

A segunda impressão que me passou foi a mesma. A terceira... A quarta...

Nunca consegui simpatizar com Bolsonaro. Mesmo na defesa de maior rigor com o crime, prefiro um Caiado ou um Onyx, parecem-me defender melhor ideias que compartilho sobre o tema.

Bolsonaro, após o atentado por ele sofrido, parece ter entendido melhor o papel que lhe cabe hoje: o de derrotar um projeto corrupto e bolivariano de poder, projeto que precisa ser derrotado para o bem do Brasil.

Aos poucos, parece entender também o papel que lhe caberá passada a eleição: governar o Brasil cercando-se dos melhores, dos mais capacitados a auxiliá-lo nessa tarefa tão difícil e decisiva.

Nos 32 anos que conheço Bolsonaro, jamais cogitei votar nele. Mas o homem que está se revelando de uns tempos para cá, merece algo mais do que meu voto plebiscitário contra o PT (voto que daria até ao Bolsonaro de minha primeira impressão).

Merece meu benefício da dúvida de que possa fazer uma bela gestão.

Foto de Aurélio Schommer

Aurélio Schommer

Membro do Conselho Curador na Fundação Cultural do Estado da Bahia - Funceb e Membro Titular no Conselho Estadual de Cultura da Bahia.

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