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O ódio santo do padre Antônio Vieira

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Haddad, que até o final do primeiro turno era Lula, mudou de personalidade, após uma milagrosa visita ao presídio da PF em Curitiba, na segunda-feira (7), após o primeiro turno: virou, por obra milagrosa do deus do Lulopetismo, Haddadinho Paz e Amor.

Antes desafiante da Justiça – ia subir a rampa do Alvorada com Lula ao seu lado, lembram? -, agora se diz respeitador das instituições democráticas. Antes pregava o ódio às elites (ou ‘àszelites’, como fala o deus da seita do Lulopetismo), entendendo-se por elite o conjunto de brasileiros que detestam a corrupção, o mensalão, o petrolão, o culto à personalidade do ‘Princeps Corruptorum’ e não aceitam ser tratados como idiotas, massa de manobra, bando de cordeiros manipulados pelo Grande Canalha e por seus fiéis.

Ah, sim, o Lulopetismo que, por quatorze anos ofereceu insulto, ódio e viés ideológico a quem não aderia à seita, agora - com a conversão de Haddad na cadeia de Curitiba - passou a criticar a “divisão e o ódio entre brasileiros”, a pedir paz com respeito, como convém à democracia. Viraram lobos vestidos com pele de ovelha, ou “sepulcros caiados”.

Mas, que ninguém pretenda conhecer os limites da hipocrisia petista. A presidenta do PT, no Senado – aparentemente usando texto meu publicado no Jornal da Cidade Online – inverte o sentido do que eu escrevera, e cita Mateus 23:1-23 contra os democratas antipetistas, o que eu fizera antes, precisamente para caracterizar a conversão hipócrita de Haddad a Haddadinho Paz e Amor:

“Pois que sois [escribas e fariseus] semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia”. É uma raça totalmente despida de escrúpulos, esta dos líderes e fiéis da seita do Lulopetismo.

Ódio, Haddadinho Paz e Amor?

Ora, Haddadinho, que hipocrisia é esta? A ‘vox Populi’ que é, segundo dizem, a ‘vox Dei’, ensina: “Quem semeou ventos durante 14 anos, colhe agora tempestades.” Ademais, o ódio a que você se refere, Haddadinho, é aquele abençoado pela brilhante inteligência do padre Antônio Vieira: o ódio ao mal. “Não é pecado odiar o mal”, ensinou o grande intelectual, fonte recorrente de consulta de Ruy Barbosa.

E o PT não é um mal qualquer. O PT e o seu braço religioso, a seita do Lulopetismo, é um mal que levou a desgraça a uma Nação de 150 milhões de pessoas.

Criou o Mensalão e o Petrolão.

Levou o toma-lá-dá-cá no Congresso a níveis venezuelanos, com os quarenta e tantos ministérios criados pelo deus de sua seita, Haddadinho Paz e Amor.

Nos deixou um déficit público de R$170 bi.

Nos legou uma dívida pública que ultrapassa os R$ 3,0 tri.

Um desemprego de mais de 14 milhões de infelizes, dos quais ainda sobram 13 milhões de famélicos.

A maior recessão da História do Brasil, da qual não sairemos (pelo contrário, nela afundaremos mais ainda) sem as reformas que sua seita luta para impedir, Haddadinho Paz e Amor.

A saúde pública desmontada.

A segurança nenhuma.

A Educação esfacelada.

E nos legou o pior, muito pior, ainda não considerado pela nossa pusilânime imprensa: a diáspora de cérebros jovens e brilhantes, que se mandaram para países onde são prestigiados, ganham bem e não têm o sofrimento de ouvir, diariamente, notícias sobre corrupção deslavada contra o trabalho das pessoas honestas, em geral propiciada pelo lulopetismo. Como pai e professor de engenharia, sei avaliar muito bem esta desgraça, talvez a maior que o lulopetismo gerou e lega ao País.

Se não se odiar este mal todo, o que se odiará nesta vida, Haddadinho?

Eu também - como os brasileiros de bem que não foram afetados pela teologia do Lulopetismo – odeio tudo isso.

Odeio com o ódio de Vieira, Haddadinho Paz e Amor.

Jamais com o ódio de sempre do Lulopetismo.

(Texto de José J. de Espíndola. Engenheiro Mecânico pela UFRGS - Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio - Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra - Doutor Honoris Causa da UFPR - Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM - Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM - Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação - Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis - Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica - Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC – Agraciado com uma Honorary Session, por suas contribuições ao campo da Dinâmica, pelo Comité de Dinâmica da ABCM no XII International Symposium DINAME, 2007- Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica).

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