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Ou o "garoto" de Bolsonaro ficou maluco ou ele quer que o povo sofra mais

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Carlos Bolsonaro, filho que o pai Jair chama de "garoto", apesar dos seus 35 anos de idade e eleito vereador no Rio: você ficou maluco? Ou quer ver o povo sofrer? Ou está falando sério? Olha só o que você escreveu no último dia 28 de Novembro, às 22:17h no Twitter:

"A morte de Jair Bolsonaro não interessa aos inimigos declarados, mas também aos que estão muito perto. Principalmente após de (sic) sua posse. É fácil mapear uma pessoa transparente e voluntária. Sempre fiz minha parte, exaustivamente. Pensem e atendam todo o enredo diário".

O que você escreveu, senhor "garoto", é assustador. Ainda mais partindo de um filho. Você precisa dar explicações públicas. O povo brasileiro, que está cansado de sofrer, de ser roubado por políticos e empresários, de adoecer e ver muita gente morrer pela omissão do Poder Público, elegeu seu pai Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, na esperança da volta do país à normalidade. Na esperança da felicidade, da segurança, da legalidade, da honestidade governamental, da paz, da preocupação com todos nós e você prega um susto imenso em 220 milhões de patrícios seus!

Seu pai já levou uma facada que era para matar. E agora, depois de eleito, você avisa que ainda persiste o interesse na morte dele, principalmente de gente muito próxima a ele e após sua posse!

O que que é isso garoto? Ou você ficou maluco ou está dizendo a verdade, embora maluco, na concepção de Chesterton, "é aquele que perdeu tudo, tudo, menos a razão?”

Se você está sabendo que alguém quer mesmo matar seu pai - aquele Adélio Bispo tentou e não conseguiu - então escancara. Abra o jogo. Isso não é para ser guardado só para você. Reaja. Defenda seu pai e a todos nós. Diga logo quem é ou quem são aqueles que querem a morte de seu pai. Saiba que seu pai, desde que foi eleito, pertence a todos nós brasileiros.

Como diziam os Romanos, ele se tornou o "pater familae", o pai de todos nós que passamos a ser a grande família dele.

Você, "garoto" de 35 anos e vereador, está disseminando a preocupação e o medo entre todos nós brasileiros.

Seu pai passou a ter milhões de "filhos" que têm todo o direito de saber o que está acontecendo.

Você, por acaso, está suspeitando do vice-presidente, general Hamilton Mourão?

A pergunta procede, porque aquela sua frase "principalmente após de (sic) sua posse" leva a concluir que o único beneficiário seria o Mourão que, passaria a ser o presidente da República e deixaria de ser vice. É uma dedução que faz sentido. Sim, porque a morte depois e não antes da posse?

E falar em morte! Que coisa horrível e dolorosa, hein!. Se tudo isso for uma brincadeira, você é um idiota, medíocre e bobão. Nem poderia ser eleito vereador do Rio. Se não for, então conte tudo ao povo brasileiro.

E mais: você ainda afirma ser "fácil mapear uma pessoa transparente e voluntariosa. Que (você) sempre fez a sua parte, exaustivamente". E termina convocando todos a "pensar e entender todo o enredo diário".

Não, "garoto de 35 anos", ou você sabe tudo e não quer dizer ou você ficou mesmo maluco e não diz coisa com coisa. Mas se for verdade o que você alertou, desabafou e tornou público, você não está fazendo sua parte, nem minimamente quanto mais exaustivamente.

Você está acovardado. Você está metendo medo no povo brasileiro. Você, desde o dia 28 último, tirou o meu sono e começo a sentir depressão.

Ou, então, você é um lulista disfarçado. Cuidado, "garoto"! Como cidadão-contribuinte-eleitor, tanto eu como todos os brasileiros podemos interpelar você na Justiça criminal para que esclareça o conteúdo de tão trágico alerta.

Quando o povo brasileiro foi às urnas e elegeu seu pai presidente do Brasil, assim votamos com certeza, com esperança e segurança. E o povo venceu. Agora, de uma hora para outra, vem o filho que o pai carinhosamente ainda chamada de "garoto" e publica uma notícia dessa...

Você tem sangue de barata? Vai cruzar os braços? Não respeita o sentimento dos seus patrícios brasileiros? Você não ama seu pai?

Foto de Jorge Béja

Jorge Béja

Advogado no Rio de Janeiro e especialista em Responsabilidade Civil, Pública e Privada (UFRJ e Universidade de Paris, Sorbonne). Membro Efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB)

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