O erro crucial na formação da equipe do governador Carlos Moisés, de Santa Catarina

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Mistura. O Comandante Carlos Moisés da Silva, Governador eleito de Santa Catarina, está montando um governo aparentemente íntegro, com pessoas preparadas e muito sintonizadas com as funções inerentes aos cargos já preenchidos.

A nota totalmente destoante, se é que se pode fazer essa crítica, vai para a nomeação do Ortodontista e Vereador de Tubarão/SC Lucas Esmeraldino (PSL) para ocupar a esdrúxula pasta denominada Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Turismo.

Ora, nada contra o correligionário político do Governador, que fez uma expressiva e respeitável votação para o Senado da República, conquistando mais de 1 milhão de votos. É um líder legítimo!

Mas, com todo o respeito, a olho nu, há uma dessintonia, quase um abismo, entre a formação do indicado e o “critério técnico” propalado na campanha como fundamento para a formação do governo.

Então, nesse particular, houve um nítido arranjo de interesses políticos e partidários (nada técnico), próprio da “velha política”, que poderia até passar em branco, não fosse o contundente discurso de campanha de ambos (Governador e Secretário) em sentido diametralmente oposto da conduta adotada.

Vindo deles, soa estranho e incoerente. Moisés não deveria ter indicado Lucas especialmente para esse cargo. E por obediência à adequação lógica e coerente da conduta, Lucas não deveria ter aceitado. Mas vai saber a pressão dos bastidores, não é mesmo?

Mas a vida segue. Vou torcer muito para dar tudo certo. É só o que me resta como eleitor de um voto só.

Como nos vinhos, também na política, se fabricam “bland’s”.

Foto de Luiz Carlos Nemetz

Luiz Carlos Nemetz

Advogado membro do Conselho Gestor da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes, professor, autor de obras na área do direito e literárias e conferencista. @LCNemetz

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