Os corruptos da história de MS que já conheceram o xilindró...
12/10/2015 às 05:19 Ler na área do assinanteA ida de corruptos para a prisão é fato novo na história brasileira. Essa raça promíscua vive há muito tempo na impunidade, até porque trata-se de um crime difícil de ser elucidado e provado.
Felizmente, com a entrada no serviço público de alguns jovens bem preparados, probos e com sede de Justiça, novas técnicas de investigação estão sendo utilizadas e alguns resultados extremamente positivos começam a ser colhidos.
De qualquer forma, a batalha é árdua e perene, não vai acabar nunca, pois corruptos e corruptores sempre vão existir, cabendo ao Estado um constante aprimoramento para enfrentá-los e puni-los.
Em Mato Grosso do Sul, Aurélio Cance Júnior, um dos corruptos mais audaciosos da história, saiu ileso em tudo que aprontou por aqui e partiu para cometer crimes em Campinas (SP). Lá, ele não escapou das garras da Justiça, foi preso, processado e deverá ser condenado há mais de quatrocentos anos de prisão, pelo menos é este o requerimento do Ministério Público.
Como essa questão de corrupção parece ter intrínseca ligação com o DNA, o filho de Aurélio, André Cance,
foi flagrado pela Polícia Federal em conversa com André Puccinelli, nos dias derradeiros da gestão anterior, sobre um pagamento ilícito à Gráfica Alvorada, um dos braços do esquema de corrupção do ex-governador, e deverá futuramente ter o mesmo destino do pai.
Gilmar Olarte,
o pastor que também pode estar envolvido com a prática de pedofilia, cumpriu recentemente um pequeno estágio na cadeia. Foram apenas cinco dias de prisão temporária. Corrupto inveterado, saiu zombando do povo, proclamando-se o "Mandela do Pantanal". Entretanto, não terá escapatória, tudo o que aprontou está carreado de provas e documentos nas mãos do MP e da Justiça. Fatalmente será condenado e retornará para a prisão, afim de quitar com a sociedade todos os males que cometeu.
João Amorim,
um gangster perigoso e poderoso, o homem que colocou a cidade de Campo Grande no 'lixo', ficou preso por apenas um dia. Malandro esperto, todo o esquema para a sua soltura já estava montado, inclusive com HC pronto e um dos melhores e mais caros criminalista do Brasil devidamente contratado.
Essas três figuras - Aurélio, Olarte e Amorim - queiram ou não os mais céticos, dão clara demonstração de que as coisas por aqui estão mudando. Os acontecimentos foram tímidos, mas são inéditos.
É óbvio que a real punição precisa acontecer e que muita gente ainda tem que ser presa e punida, mas, pelo menos, agora já existe um começo...
Para que a coisa avance e a punibilidade aconteça, a sociedade precisa participar e exigir.
Lívia Martins
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