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A ópera bufa do Prêmio Nobel da Paz para Lula

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O jornal francês “L’Humanité” (imagem abaixo) endossou recentemente a campanha do ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, que quer conceder a Lula o Prêmio Nobel da Paz. Esquivel usa como qualificativos para o recebimento da comenda os atributos da passagem do ex-presidente pelo governo brasileiro, como ascensão social dos pobres, criação de milhões de empregos e todas aquelas empulhações que faziam coro nas propagandas políticas do PT.

Excluída a falta de contextualização dessas supostas realizações (ambiente externo favorável, uso de políticas econômicas herdadas de governos anteriores e distribuição farta de créditos), sabe-se que Lula não tem os atributos morais para tanto. Recentemente encarcerado, há ainda outros tantos processos em curso que podem endurecer a pena do ex-presidente.

Como se isso não bastasse, durante os seus anos no Palácio do Planalto, estabeleceu vínculos políticos próximos com os piores ditadores do mundo. Lula chamou de “amigo” Marmud Armadinejad, um antissemita que prometia “varrer Israel do mapa”. Também concedeu a Ordem do Cruzeiro do Sul a Bashar Al Assad, um ditador que costuma usar armas químicas contra sua própria população. Isso para não citar o afeto que sentia pelo carniceiro Muammar Kadafi, a quem recebeu no Brasil de braços abertos e sorriso estampado no rosto. Merece Nobel da Paz quem se une a quem se impõe pelo terror, pela violência e pelo genocídio?

As chances de Lula são mínimas, para não dizer inexistentes. Trata-se de uma ópera bufa protagonizada por Esquivel, que não passa de um velho ridículo. O objetivo real dessa campanha é manter o condenado em evidência. Enquanto os militantes bitolados realmente acham que ele vai vencer, o ex-presidente só tem a esperança de não ser esquecido atrás das grades.

Autor: Guilherme Macalossi

Créditos: Lócus Online

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