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Em ação contra o inquérito do STF, Moraes é intimado e apresenta manifestação esdrúxula

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Por meio de ofício, o ministro Alexandre de Moraes fez a sua defesa com relação as medidas tomadas no inquérito que apura ‘ameaças a integrantes do STF’.

O ministro Edson Fachin, relator de uma ação da REDE que questiona a investigação, pediu informações sobre a decisão que impôs censura aos sites "O Antagonista" e "Crusoé".

Segundo Moraes, foi determinada a retirada do conteúdo dos sites em razão de "flagrante incongruência" nas informações.

Isso porque havia a informação de que a Procuradoria Geral da República havia recebido trecho de esclarecimento sobre a delação do empresário Marcelo Odebrecht segundo o qual um personagem mencionado em email, chamado "amigo do amigo do meu pai", seria o ministro Dias Toffoli.

Ainda segundo Moraes, posteriormente, foi confirmada a veracidade do documento.

Assim, a censura foi revogada.

Ou seja, o ministro confessa que a censura foi imotivada.

Na sequência de sua missiva ele diz o seguinte:

"Os atos investigados são as práticas de condutas criminosas, que desvirtuando ilicitamente a liberdade de expressão, pretendem utilizá-la como verdadeiro escudo protetivo para a consumação de atividades ilícitas contra os membros da Corte a própria estabilidade institucional do Supremo".

Segundo o ministro, o objeto do inquérito é "claro e específico", pois consiste na investigação de conteúdo falso, falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas, ameaças e demais infrações que "atinjam a honorabilidade institucional do Supremo Tribunal Federal".

A verdadeira ladainha articulada por Moraes em sua defesa, perde completamente o sentido diante das afirmações feitas nesta quinta-feira (25) pelo ministro Luís Roberto Barroso, detonando o STF. Fica impossível que o malfadado inquérito tenha sequência.

Em palestra realizada na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, Barroso foi extremamente incisivo:

"Uma corte que repetidas vezes toma decisões com as quais a sociedade não concorda e não entende, aí se tem um problema. Porque autoridade depende de confiança e credibilidade. Se você perde isso, a força é a única coisa que resta", disse o ministro num dos momentos mais impactantes de sua fala.

Tudo indica que Fachin deve determinar o arquivamento o inquérito, propiciando mais uma evidente desmoralização dos ministros Tofolli e Moraes, que visivelmente tentaram se utilizar da ‘tirania’ em nome de interesses inconfessáveis.

da Redação Ler comentários e comentar