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Bolsonaro e Mourão: vinho e vinagre

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Rachel Sheherazade está certa sobre Mourão e Bolsonaro. De fato, um é o vinho e outro é o vinagre, como ela falou no Twitter.

SOBRE LULA:

O Vice-Presidente, com um isentismo de fazer corar um tucano ou um emedebista, fala que “decisão do Judiciário não se discute; se cumpre”(1).

O Presidente, por sua vez, fala o que todo brasileiro de bem gostaria de falar: “eu acho que foi um equívoco, um erro da Justiça ter dado o direito de dar uma entrevista. Presidiário tem que cumprir sua pena”(2).

Bolsonaro foi eleito justamente por ter um lado, por ter uma posição política muito clara.

Graças ao bom Deus, o Presidente não vai para “o lugar mais quente do inferno, reservado a quem escolhe a neutralidade em tempos de crise”, como dito por Dante Alighieri em ‘A Divina Comédia’.

Bolsonaro é um verdadeiro líder, que mantém coerentemente o mesmo discurso contundente que o levou à Presidência da República.

Mouro Grande é um isentão, que fica em cima do muro, agindo de forma politicamente correta, sempre que pratica seu hobby preferido, que é se pronunciar para a imprensa.

Um realmente é vinho e outro, o vinagre.

(1) Quando o STJ reduziu a pena do criminoso, na sessão de julgamento ocorrida na semana que passou.

(2) Quando o STF autorizou a entrevista do criminoso à imprensa, em decisão monocrática do Ministro Dias Toffoli.

Foto de Guillermo Federico Piacesi Ramos

Guillermo Federico Piacesi Ramos

Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).

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