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O complô articulado

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As derrotas no decorrer da semana não foram do governo Bolsonaro!

Elas foram de um pobre país chamado Brasil!

Se você não gosta de Bolsonaro, não tem problema.

Eu nem gostava (mas agora tenho nele a última esperança, o que explicarei mais abaixo).

Tente seguir meu raciocínio: o STF decidiu que as assembleias legislativas podem revogar as decisões judiciais que determinavam a prisão dos deputados estaduais, ou seja, se a Assembleia do Rio de Janeiro quiser (e vai querer, é óbvio) poderá mandar soltar 05 deputados estaduais que atualmente estão presos por roubalheira indiscriminada (e eles passarão a votar as leis para o glorioso Estado do Rio de Janeiro).

Deputados federais e senadores decidiram que o COAF (órgão que investiga operações financeiras estranhas, fora da normalidade) não poderá ficar no Ministério da Justiça, mas sim no da Economia (apesar de o Moro querer isso para ajudar no combate aos crimes financeiros e o Paulo Guedes dizer que não precisa desse órgão em sua pasta).

Para completar, ainda mandaram a FUNAI de volta para o Ministério da Justiça (só porque o Moro não queria), retirando-a do Ministério dos Direitos Humanos (porque a Damares queria).

Como se não bastasse, ainda decidiram que os auditores fiscais não podem informar ao Ministério Público o aumento injustificado de patrimônio, o que poderia gerar no MP o desejo de investigar as razões de surgimento de ricos sem lastro.

E para fechar com chave de ouro, o STF (sempre ele) confirmou o famigerado indulto de Temer, ou seja, aquele que deixa até corrupto sair antes da cadeia (será que estão preparando o terreno para alguém?!).

Como disse acima, não foi o Bolsonaro, o Moro, o Paulo Guedes, nem a Damares que perderam. Foi o Brasil! Notem que a imprensa chega a vibrar com essas medidas absurdas contrárias à sociedade. Há um complô claramente articulado contra aqueles que querem passar o Brasil a limpo.

Neste momento, nossa última fronteira é o Bolsonaro, com todas as suas limitações, com todos os seus defeitos. É nele que deposito a minha esperança, a minha fé.

Se o Bolsonaro perder, fique certo que você não terá mais um país para chamar de seu. Ele será de uma corja de ladrões, os quais sugarão até a última gota de sua riqueza para depois gozarem de sua cara com muita lagosta e vinhos que tenham pelo menos quatro premiações internacionais!

(Texto de Roberto Trigueiro Fontes. Advogado)

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