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Eduardo Cunha, o vendedor de 'carne enlatada', o homem que faz chover dólares

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A estratégia da defesa do deputado Eduardo Cunha já está definida. Ele dirá, que  o dinheiro que tem no exterioe é fruto de venda de carne enlatada para a África e de operações no mercado financeiro.

Cunha descobriu um filão de mercado: a venda de carne enlatada em consignação para países africanos. Como o negócio cresceu, ele decidiu, segundo sua defesa, abrir um fundo fora do Brasil.

Cunha (PMDB-RJ), vai alegar ainda, que desconhecia a origem do depósito de 1,3 milhão de francos suíços (cerca de 5 milhões de reais) feito em 2011 em um fundo do deputado na Suíça. 

Cunha dirá que "não reconhece" como seu o montante depositado "à sua revelia" pelo lobista João Henriques, que era ligado ao PMDB e foi preso na Lava Jato. Cunha pretende dizer ainda que suspeita que o depósito seria o pagamento tardio de um empréstimo feito por ele ao ex-deputado Fernando Diniz, do PMDB, que morreu em 2009. Em depoimento à Polícia Federal, Henriques disse que enviou o dinheiro a pedido do economista Felipe Diniz, filho do ex-deputado, e que não sabia quem era o beneficiário.

A principal linha de defesa de Cunha será que ele nunca recebeu dinheiro público. O deputado reconhecerá, entretanto, que não declarou todos os seus recursos. 

Para escapar da cassação de mandato, Cunha vai dizer ao Conselho de Ética que não mentiu ao negar ser dono das contas na Suíça. O presidente da Câmara afirmará que possui dois trusts, e não contas correntes, na Suíça.

O trust consiste na entrega de um bem ou um valor a uma instituição (fiduciário) para que seja administrado em favor do depositante ou de outra pessoa por ele indicada (beneficiário). Estas estruturas são usadas para proteger o patrimônio de seus beneficiários contra problemas em seus países de origem. Cunha vai alegar que abriu dois fundos dessa modalidade: um com o objetivo de montar uma estrutura para trabalhar no mercado internacional depois que ele deixasse a política e outro para as despesas da família.

Dá pra acreditar?

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da Redação Ler comentários e comentar