desktop_cabecalho

O contingenciamento representa a luta para que o Brasil sobreviva

Ler na área do assinante

Fiz uma tabelinha, colorida, dividida e explicada, mostrando o CONTINGENCIAMENTO na educação, na última década.

O Orçamento de cada ministério é definido e aprovado NO ANO ANTERIOR, baseado em uma EXPECTATIVA de crescimento. Se a expectativa não se cumpre, deve-se fazer ajuste nas contas.

É como se você esperasse um aumento de salário e este não viesse. Inevitavelmente, vai ter que adequar seus planos, desconsiderando aquele dinheiro a mais, que pensou que teria.

Há mais de uma década, a previsão de orçamento NÃO SE CUMPRE.

TODOS OS ANOS existe a necessidade de contingenciamento de despesas.

Dilma não repassou o prejuízo para a educação em 2013 e 2014, devido à eleição, mas para compensar, em 2015, fez um contingenciamento quase CINCO VEZES superior ao que Bolsonaro está fazendo, este ano.

Não é só a educação que está sofrendo o arrocho. Enquanto o MEC sofreu redução de 30% nos gastos discricionários (equivalente a 3,5% do orçamento total), as Forças Armadas, por exemplo, tiveram redução de 43% (5,8 bilhões).

Sem as reformas, o contingenciamento tornar-se-á cada vez mais comum. Pois é IMPOSSÍVEL equilibrar os gastos da União, com mais de 50% do orçamento comprometido com a Previdência.

O PT tentou. Cortou, pegou empréstimos, deu calote e, por fim, "pedalou" para fechar a conta (que não fechou).

Tudo que a esquerda quer é que Bolsonaro, sob pressão, siga o mesmo caminho e, então, tenha o mesmo destino da ex-presidente.

NINGUÉM quer que o orçamento tenha que ser revisto. Da mesma forma que NINGUÉM quer que o país cresça menos do que o esperado. Mas DÉCADAS de ingerência não se resolvem em 5 meses. Por enquanto, a luta é para que o Brasil sobreviva (ainda que ligado aos aparelhos).

"Política é a arte do possível, não do ideal." - BISMARK, Otto Von.
Foto de Felipe Fiamenghi

Felipe Fiamenghi

O Brasil não é para amadores.

Ler comentários e comentar