Um primor de fake analysis do Estadão: Criticar o governo mesmo em seus acertos

01/06/2019 às 15:10 Ler na área do assinante

O colunista João Domingos, do Estadão, escreve em sua coluna deste sábado (1º) que, “de forma involuntária, Bolsonaro pode ter feito um bem para a política”. Para o colunista, o Presidente montou um governo sem as habituais negociações típicas do presidencialismo de coalizão, para cumprir promessa de que “não lotearia seu governo e numa ação politicamente egoísta, no estilo ‘ganhei a eleição, o governo é meu e não vou dividi-lo’”.

Não contente com a desqualificação do acerto presidencial, o colunista seguiu afirmando que essa atitude (“egoísta e involuntária”) fez com que o Congresso mudasse de atitude e deixasse de ser um “carimbador das medidas provisórias” e “um apêndice do Poder Executivo”. Situação que vinha se mantendo desde o governo de FHC, quando os ministérios entregues a partidos se tornaram “feudos próprios” onde deputados e senadores “mandaram e desmandaram”.

Na sequência, o colunista afirma que a tal atitude “involuntária e egoísta” do Presidente levou os congressistas a perceber que a pressão das redes sociais estava a exigir deles que assumissem “pautas importantes para o país, como a reforma da Previdência e a reforma tributária”.

Por fim, e nessa mesma linha, manifesta simpatia pelo substitutivo à reforma da Previdência apresentado pelo partido dirigido pelo mal afamado ex-deputado Valdemar Costa Neto, que reduz à metade o ganho fiscal a ser obtido.

Essa proposta, outra coisa não é que um detalhamento da anunciada pelo deputado Paulinho da Força, que cortava ao meio a reforma com a elevadíssima motivação de não reeleger o governo em 2022.

É assim, com fake analysis, que se presta desserviço à nação.

Percival Puggina

Membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

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