O PLN 4 e a tentativa do PT e agregados de punir os eleitores

09/06/2019 às 16:06 Ler na área do assinante

Dia 19 de dezembro de 2018 o Congresso Nacional aprovou quais valores o atual governo deveria gastar em TODOS os setores do país. Ou seja, os antigos deputados, muitos deles já descartados da vida pública (considerando que a taxa de renovação do congresso beirou 50%), foram os responsáveis por decidirem quanto Bolsonaro teria em mãos para gerir o país.

Dentre as bombas instaladas nessa data, temos o aumento do salário mínimo para R$ 1.006,00, a inflação prevista para 2019 de 4,2% pelo IPCA, o crescimento do produto interno bruto (PIB) de 2,5% e a taxa básica de juros (Selic) de 8%.

Não foi algo excepcional, todo final de mandato se "prepara" o terreno para o próximo governo, nós é quem não reparávamos nisso, até porque passamos por décadas de governo entre amigos, onde FHC passou o bastão ao LULA que preparou o terreno para Dilma, até que TEMER entrou pela porta dos fundos e preparou o terreno para o "felizardo", que deve desarmar a bomba ou suportar os estilhaços.

O relator do projeto que condenou o atual governo a diminuição dos gastos, foi o senador Waldemir Moka (MDB-MS), (que não foi reeleito), na época ele chegou a declarar: "Nunca um relator teve menos de R$ 1 bilhão para remanejar. Neste Orçamento, eu tive aproximadamente R$ 300 milhões para repartir entre todas as áreas."

Só pela declaração acima já supomos que está sendo bem difícil equilibrar as contas, mas a coisa só piora; a dívida pública Brasileira que era de 1.3 trilhões em 2007 foi parar em 5.2 trilhões em 2019, tudo graças à incompetência dos governos do PT que se gabavam de terem pago a dívida externa mas deixaram explodir a dívida interna brasileira e hoje consome 42% do que é arrecadado no país.

Evidente que houve contingenciamento em todas as áreas e que haverá um longo processo de reorganização das contas públicas; o processo seria menos doloroso se todos entendessem as consequências do que deixamos acontecer nos últimos anos, mas boa parte do país está numa força tarefa para detonar as bombas instaladas.

Hoje o presidente avisou que caso não passe a PLN 4 que libera quase 250 bilhões para o governo, iniciará no país o que o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro já sentiram na carne, atraso e parcelamento de salários e aposentadorias.

Seria o caos, mas há quem comemore a explosão da bomba achando que nenhum dos estilhaços recairá sobre ele mesmo. Ledo engano. Lembrem-se disso nas próximas eleições, vamos criar listas para divulgar os nomes de quem ajudou na detonação e de quem garantiu o salário e aposentadoria das pessoas, enquanto pudermos falar, vamos divulgar, porque corre no congresso um projeto que criminaliza quem "fala o que não deve", mas isso é um outro capítulo, vamos conversar sobre ele outra hora.

Cada um faça seu dever de casa e salve os nomes de quem votou contra o PLN 4 e passe longe dos nomes e das siglas que ousarem tirar dinheiro de velhinho para tentar derrubar um presidente, seja ele quem for, eleições se ganha no voto, não na chantagem e punição dos eleitores.

Raquel Brugnera

Pós Graduando em Comunicação Eleitoral, Estratégia e Marketing Político - Universidade Estácio de Sá - RJ.

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