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Marta, ao trocar o papel de vitoriosa que é pelo vitimismo, vende barato seus méritos

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Aos 33 anos e se aproximando do final da carreira de futebolista, Marta Viera da Silva (ou a "Rainha Marta", como buzina nos nossos ouvidos toda a imprensa, a cada dois anos, durante o curto período em que são realizadas competições de alguma relevância), provavelmente já escolheu que atividade desempenhará em futuro próximo:

a de especialista de entrevista, aquela que sempre será chamada para distribuir clichês vazios quando o tema for "igualdade de gêneros", marionetada e abastecida de discursos pré-fabricados pela militância profissional.

Marta, que já é uma chata eventual, vai deixar de ser esportista para ser uma chata em tempo integral.

Ninguém nega que ela é, sim, uma vencedora, uma estrela improvável numa modalidade em que o nível técnico médio é sofrível:

o último colocado da Série C do campeonato brasileiro (no momento, o ABC de Natal) massacraria a seleção brasileira feminina em um jogo hipotético.

Mas ao trocar o papel de vitoriosa que é pelo vitimismo (os futebolistas homens ganham mais que ela, por que será, não é mesmo?), vende BARATO todos os seus méritos ao que de PIOR existe no teatro político-ideológico dos nossos tempos.

Não é difícil supor que Marta poderá seguir sua vida na política: até mesmo uma cadeira no Senado da República pelo estado de Alagoas parece ser um plano bastante possível, em se conhecendo o eleitorado e o tipo de discurso que seduz esse eleitorado; e certamente não faltarão partidos políticos (aleatórios, podem ser partidos de esquerda ou um desses sem maiores rigores ideológicos) que abrirão suas portas para receber sua filiação e sua candidatura.

E é bom a "rainha" se apressar:

quando as agendas que ela tem ajudado a defender avançarem um pouco mais, logo veremos diversas mulheres "trans" invadindo a modalidade que a consagrou;

e contra goleiros travestis de quase dois metros de altura e zagueiros travestis com quase cem quilos de peso, é pouquíssimo provável que ela consiga manter o título de "melhor do mundo".

Corre, Marta.

Corre.

(Texto de Fábio Pegrucci).

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