Congresso deixa caducar Medida Provisória que impede a cobrança sindical compulsória

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Parada no Congresso Nacional, a MP que torna obrigatória a cobrança sindical por boleto bancário autorizado pelo trabalhador, ou seja, paga por quem desejar, sem desconto compulsório, caducará dia 28 de junho.

Todos os trabalhadores brasileiros continuarão entregando ao sindicalismo nacional um dia de seu salário. Dinheiro ganho com o trabalho do trabalhador deixa de ir para sua família para sustentar o sindicalismo partidário, militante, e voltará a financiar o ativismo classista dos partidos de esquerda.

Ainda que essa informação tenha jeito de fake news, de coisa inacreditável, ela é verdadeira. Entre os trabalhadores e seus sindicatos e centrais, as lideranças do Parlamento optaram pela CUT, pela Força Sindical e mecanismos como o próprio MST e MTST e outros que jogam contra o interesse nacional porque isso é de seu interesse político-eleitoral. Não esquecer, também, da pressão das entidades patronais. Este país é um grande cabide de interesses.

Agora, na confusão das competências que predomina no país, o governo encaminhará projeto de lei a respeito (substituindo a Medida Provisória) e o assunto acabará sendo examinado, também, pelo STF.

Reitero: é porque essas instituições não merecem confiança da sociedade que devemos ir às ruas dia 30.

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Percival Puggina

Membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

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