Bolsonaro tem razão: Brasil tem muito a ensinar sobre meio ambiente à Alemanha

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Na quarta-feira (26), a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que a situação do Brasil – em questões de meio ambiente e direitos humanos – é “dramática”.

Em resposta o presidente, Bolsonaro, disse: “A Alemanha tem muito a aprender com o Brasil nessa área” – pronto, estava armado um escândalo para a grande mídia.

Mas vamos aos fatos: de imediato a afirmação, do presidente Bolsonaro, está correta, pois se analisarmos os dados, podemos observar que o Brasil está muito a frente da Alemanha nesse aspecto.

Com relação ao aquecimento global – de acordo com o Greenpeace –, a Alemanha investe menos em proteção ambiental do que promete e que grande parte de sua matriz energética é dependente do carvão e do petróleo, que são grandes fontes de emissão de gases que contribuem para as mudanças climáticas.

Dados do Projeto Global do Carbono, mostram que a Alemanha emitiu em 2016 um total de 89,83 bilhões de toneladas de CO2, contra 13,88 bilhões de toneladas do Brasil.

Sobre o desmatamento – segundo a Comissão Europeia –, todos os países da União Europeia, somados (incluindo a Alemanha) abrigam hoje apenas 5% das florestas mundiais, o Brasil sozinho tem o dobro.

Dados da agência Bloomberg, em 2018, cerca de 35% da produção de energia da Alemanha é derivado do carvão, uma fonte extremamente poluente, contra 1,9% do Brasil.

Essa interferência da chanceler alemã, é porque ela se vê no direito de fazê-lo, devido a uma irrisória doação – no valor de R$ 192,6 milhões ao Fundo da Amazônia.

A Alemanha é a segunda maior doadora para o Fundo – em primeiro está a Noruega. A Noruega, como a Maior financiadora do Fundo, doou um valor de R$3,186 bilhões, ou seja, quase 17 vezes mais do que a Alemanha.

Mas enquanto a Noruega faz balanço positivo sobre a Amazônia, quem canta de galo é a Merkel.

Para efeito de comparação e para se ter uma ideia de quanto o valor – doado pela Alemanha – é irrisório; a administração pública federal do Brasil gastou R$ 172,8 milhões, em 2017, somente para fazer cópias de documentos, ou as famosas “xerox”.

(Texto de Edivaldo de Carvalho)

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