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O despudorado psolista Glauber Braga e a cultura do macaco de Floripa

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Na Ilha de Santa Catarina, onde fica boa parte de Florianópolis – que o povo brasileiro e os irmãos uruguaios, argentinos e chilenos carinhosamente chamam de Floripa – tem-se um ditado, que ouço desde meu nascimento nesta belíssima terra: “Macaco vive fazendo troça do rabo dos outros animais, sem jamais olhar para o seu”.

Este ditado se aplica como uma luva ao boquirroto e irresponsável moleque esquerdista destruidor de reputações (esquerdista destruidor de reputações é um pleonasmo, no Brasil) despudorado Glauber Braga, nascido no Rio de Janeiro, terra de Rodrigo “Botafogo” Maia, Eduardo Cunha, Jean Willys, Cristiane Brasil, Benedita da Silva, Lindbergh Farias, Sérgio Cabral, Pezão, ... Em suma, constelação de brasileiros exemplares, no pior sentido da palavra.

Ah, sim, lembrará alguma sentinela lulopetista sempre alerta: Bolsonaro, embora nascido em Glicério, SP, sempre morou e fez carreira política no Rio. É como se tivesse nascido, politicamente, no Rio, concluirá a sentinela lulopetista.

E daí? Eu não estou dizendo, ou insinuando, que quem nasce no Rio é bandido. Nem que quem nasce no Rio e envereda pela política seja bandido. (Mas aí, o espaço de probabilidades de a pessoa se manter honesta começa a se reduzir assustadoramente.) Agora, se o indivíduo envereda pela política em um partido manjado, então o espaço de probabilidades de manter-se probo, equilibrado e decente é quase um espaço vazio.

E Bolsonaro, aqui entre nós, tem outra característica marcante: é teimoso como uma mula. Quis, porque quis, demonstrar que é possível ser político pelo Rio de Sergio Cabral sem se macular, sem se imiscuir em maracutaias, sem ceder em toma-lá-dá-cá, que isto não são coisas de pessoas horadas. E, ao longo de sua carreira de Deputado Federal e curta de presidente da República, tem se mantido incólume. As raras exceções à regra às vezes são bem mais relevantes que o conjunto (grande) de pessoas que se ajustam à regra.

Voltando ao macaco fluminense, o boquirroto moleque irresponsável despudorado Glauber Braga, que se não tivesse protegido pelo biombo (muitas vezes imoral) da impunibilidade parlamentar, certamente teria de pedir desculpas, talvez por detrás das grades, ao honrado ex-Juiz e probo Ministro Sergio Moro do governo Bolsonaro.

A razão de eu associa-lo à cultura florianopolitana contra falastrões boçais fica mais clara ainda se olharmos os dados apresentados por Frederico Rodrigues ao Jornal da Cidade Online. Este macaco (macaco cultural, não quero ofender a espécie ‘cebidae’ do gênero ‘macaca’), Glauber Braga, assumiu uma cadeira na Câmara dos Despudorados, em Brasília, em 2011 e desde então, seu património (segundo Frederico Rodrigues) aumentou 360% em quatro anos! Quatros anos! Passou de um patrimônio declarado em 2010 de R$ 76.890,00 para R$ 358.948,89 em 2014. Um aumento médio de 90% ao ano! Veja a evolução patrimonial do macaco em tela, apresentada por Frederico Rodrigues /1/:

Mas a macaquice de Glauber Rocha não se limita a aumentar o seu patrimônio particular em 90% ao anos, após assumir uma cadeira na Câmara dos Despudorados em 2011. Ele é o decimo da lista dos mais despudorados gastadores de verbas sequestradas dos pagadores de impostos deste infeliz País /2/, conforme a tabela abaixo:

Gastos pessoais de deputados federais de janeiro a outubro de 2015

Francisco Floiano (PR): R$ 290.847,47

Eduardo Cunha (PMDB): R$ 269.329,13

Walney Rocha (PTB): R$ 251.838,41

Roberto Sales (PRB): R$ 249.604,32

Alexandre Valle (PRP): R$ 245.191,28

Cabo Daciolo (sem partido): R$ 245.074,24

Washington Reis (PMDB): R$ 244.166,98

Hugo Leal (PROS): R$ 236.512,32

Aureo (SDD): R$ 234.416,12

Glauber Braga (PSOL): R$ 234.396,45

Um mandato parlamentar pode mesmo, as vezes, operar milagres! E, neste terreno – sabe-se desde a CPI dos Correios – os milagres são muitos e elevados.

E este despudorado esquerdopata psolista tem a petulância de, em bancando ser uma vestal, ofender uma pessoa que possui aquilo que ele parece estar longe de possuir: lisura e honra. É o perfeito macaco que não olha para o rebo que tem da cultura do nosso floripano da gema.

REFERÊNCIAS

1.https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/15337/evolucao-patrimonial-de-deputado-que-chamou-m...

2.https://extra.globo.com/noticias/extra-extra/os-dez-deputados-federais-do-rio-que-mais-abusam-da-mes...

Foto de José J. de Espíndola

José J. de Espíndola

Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.

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