Com a reforma da previdência, avançamos no meio das cinzas de um país calcinado pela corrupção

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Apesar das cassandras carpideiras de sempre, a reforma da Previdência vai levar a uma economia de cerca de R$ 900 bilhões, segundo Rogério Marinho, o secretário especial da Previdência Social no governo Jair Bolsonaro.

Diz nota de O Antagonista:

“Segundo o secretário especial de Previdência, no entanto, a aprovação da medida provisória contra fraudes em benefícios do INSS fará com que a União ganhe ‘pouco mais de R$ 200 bilhões’ nos próximos dez anos. Ou seja, a economia poderia chegar a R$ 1,1 trilhão.”

À Folha, o economista Paulo Tafner, um dos maiores especialistas em previdência do Brasil, disse:

“Apesar da redução, a gente precisa lembrar que há apenas dois anos todo mundo estava feliz com um ganho próximo a R$ 420 bilhões”.

E ninguém menciona as centenas de bilhões que escorriam pelo ralo da corrupção. Segundo estimativa da Fiesp em 2017, o custo da corrupção na era lulopetista chegava a 2,3% do PIB.

Já a Organização das Nações Unidas (ONU) apontou que o Brasil perde cerca de R$ 200 bilhões com esquemas de corrupção por ano, disse à “Isto É” o procurador federal Paulo Roberto Galvão, que faz parte da Operação Lava Jato.

“Somente no caso da Petrobras, os desvios de recursos de forma ilegal envolvem entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões, o que consta inclusive de um estudo da Polícia Federal”.

E last but not least, o valor movimentado na Lava Jato soma R$ 8 trilhões, o que supera o PIB do Brasil, que ficou em R$ 5,9 trilhões em 2015, segundo matéria de 2017 da revista Época.

E o novo presidente do BNDES vai devolver ao tesouro R$ 160 bilhões que o Levy fez corpo mole e não devolveu.

Somem esses números e acrescentem às novas finanças públicas. A corrupção sistêmica acabou.

Enquanto a esquerda órfã atira pedras no presidente Bolsonaro e seu governo, estamos avançando a passos largos no rumo de um Brasil melhor e mais justo. Gosto sempre de citar um ditado antigo: só se atira pedras em árvore que dá frutos.

Avançamos no meio das cinzas de um país calcinado pela corrupção e ainda longe de ser o que queremos. Afinal, segundo matéria de O Globo de fevereiro deste ano, “Levantamento feito pelo G1 mostra que 50 deputados federais respondem hoje a processos criminais na Justiça. O dado representa 10% do total de parlamentares na Câmara (513). São, ao todo, 95 processos – apenas um dos deputados responde a 30 ações (quase 1/3 do total). O leque de crimes pelos quais os deputados são réus na Justiça é variado: vai desde calúnia, injúria, difamação, corrupção e falsidade ideológica até furto, estelionato, lesão corporal e tortura.”

Trata-se de uma grande vitória do governo Bolsonaro. Mais uma.

(Texto de Lucia Sweet. Jornalista)

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