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Bolsonaro defendeu a decisão de Toffoli?

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Bolsonaro não reclama dos dados que o COAF oferece à justiça, ele reclamou dos dados sigilosos que são PUBLICADOS em jornais só para jogar a opinião pública contra uma pessoa, mesmo quando essa pessoa nem está sendo investigada oficialmente!

Ele disse assim:

“Pelo que eu sei, pelo que está na lei, dados para repassar, dependendo para quem, tem que ter decisão judicial. O que é mais grave na legislação: os dados uma vez publicizados contaminam o processo. É o que posso dizer. Além de não ser economista, eu não sou jurista. (...) Se eu não quisesse combater a corrupção, não teria aceitado Moro como ministro.”

Só para lembrar, o COAF percebeu uma movimentação atípica de Flávio, que havia usado o caixa eletrônico DENTRO DA ALERJ onde trabalhava diariamente.

Ao invés de ser aberto uma investigação sigilosa contra Flávio, os jornais publicaram toda a movimentação e o procurador do ministério público Eduardo Gussem foi fotografado em um bar passando informação para o jornalista Octávio Guedes, da Globo, que publicou todos os dados, sem que houvesse uma investigação oficial, ou ordem judicial contra Flávio.

Flávio apresentou escritura da venda de uma cobertura para o ex atleta Fábio Guerra, que confirmou a forma de pagamento - deu outro imóvel, uma transferência de 100 mil em maio e o restante em dinheiro durante 3 meses seguintes.

Em maio deste ano os jornais e sites do grupo Globo publicam que o Ministério Público "se enganou" ao analisar os imóveis de Flávio e considerou como patrimônio adquirido, até mesmo imóveis que ele levará anos para quitar o financiamento. Mas o estrago já está feito.

Além dessa movimentação Flávio ainda tem a sombra do Queiroz em seu lado.

Independentemente da culpa de Flávio na acusação em que recebia de volta uma parte dos salários de seus funcionários, a divulgação de dados foi uma tentativa clara de difamá-lo.

Veja como foi a movimentação:

-9 de junho de 2017: 10 depósitos no intervalo de 5 minutos, entre 11h02 e 11h07;
-15 de junho de 2017: mais 5 depósitos, feitos em 2 minutos, das 16h58 às 17h;
-27 de junho de 2017: outros 10 depósitos, em 3 minutos, das 12h21 às 12h24;
-28 de junho de 2017: mais 8 depósitos, em 4 minutos, entre 10h52 e 10h56;
-13 de julho de 2017: 15 depósitos, em 6 minutos.

Essa é a relação de transações atípicas que constam do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) relativas ao então deputado.

Foto de Raquel Brugnera

Raquel Brugnera

Pós Graduando em Comunicação Eleitoral, Estratégia e Marketing Político - Universidade Estácio de Sá - RJ.

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