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O que torna filmes brasileiros ruins é o excesso de recursos bancado pelo Estado

Se o Estado banca, não precisam produzir nada que preste.

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"Não posso admitir que, com o dinheiro público, se façam filmes como o da Bruna Surfistinha..."

DISCORDO, PRESIDENTE!

Com o dinheiro público, não tem que se fazer filme NENHUM!

Não sou um cara puritano. Longe disso. E, ao contrário do presidente, assisti o filme em questão. Então, posso dizer com propriedade: É ruim!

Aliás, nem preciso dizer isso, o discurso dos artistas, implorando por chupetas Estatais, já diz por si só. Se fosse bom, vendia.

Ser bom não tem ABSOLUTAMENTE NADA a ver com o tema. "Taxi Driver" está aí, para mostrar que pode-se fazer um baita filme sobre o assunto.

Aliás, se querem fazer cinema "político", APRENDAM com quem sabe. Scorcese e Tarantino, por exemplo, há décadas, tratam dos temas mais "delicados" e fazem obras primas, que VENDEM MUITO.

Ninguém pode dizer que o cinema nacional é fraco por falta de recursos. Talvez seja justamente o EXCESSO DE RECURSOS que o torna tão ruim. Já que o Estado "banca", não precisam produzir nada que preste. O dinheiro já está garantido, independente do resultado.

"Bruna Surfistinha", por exemplo, segundo as informações oficiais da produtora, teve um orçamento de R$6 milhões e faturou R$5.919.294,00. Ou seja, DEU PREJUÍZO. Um fracasso sustentado com o erário público.

A falta de compromisso com resultados é tão evidente que, este ano, lançaram uma comédia "pastelão" tupiniquim na MESMA SEMANA que "Os Vingadores", uma das franquias mais consagradas da história. Depois, fizeram mais "mimimi" do que um gato gago, querendo que o "papai Estado" determinasse uma COTA para o filme nacional nas salas de cinema. Ou seja, agem com EXTREMO AMADORISMO; não têm o trabalho de fazer um estudo de marketing simples; e querem que terceiros arquem com o custo da incompetência, exibindo o filme para salas vazias, porque o "papai" mandou.

Um total DESRESPEITO com os empresários e o público, que teriam que "engolir" a produção brasileira, mesmo sem querer.

Particularmente, não vejo NENHUM motivo para o governo sustentar projetos artísticos. Se (eu disse SE) fizer, deve focar recursos para projetos de resgate cultural, regionalmente. Vivemos em um país riquíssimo, onde cada região tem uma cultura única e o próprio povo desconhece a história. Assim, em nossa ignorância, nos resumimos a Amazônia, seca do Nordeste e favela Carioca.

Dadinho é o car****! Nós somos muito mais do que só isso.

(Este texto, ao contrário de outros, vou terminar com a frase de uma das maiores expoentes da esquerda, idolatrada pelos pseudo-intelectuais, que mostra a hipocrisia do discurso de "defesa cultural", utilizado apenas para ganhar MUITO dinheiro do governo, servindo à reengenharia social ideológica).

"É preciso erguer o povo à altura da cultura e não rebaixar a cultura ao nível do povo." (BEAUVOIR, Simone de).
Foto de Felipe Fiamenghi

Felipe Fiamenghi

O Brasil não é para amadores.

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