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Dória está se lixando para quem foi o pai de Santa Cruz, tenta oportunisticamente antagonizar com Bolsonaro

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O Governador João Dória está pouco se lixando para quem foi o pai de Felipe Santa Cruz, e o que quer que tenha acontecido com ele (se foi “fogo amigo” do grupo de terroristas ao qual ele integrava, como diz Bolsonaro, ou se foi uma típica execução do Estado Brasileiro, que ocorria lá naqueles anos de chumbo, no ambiente político da época).

No fundo, o que João Dória enxergou, no episódio, foi uma bela oportunidade de antagonizar com Bolsonaro, com um discurso pronto para a mídia, a isentosfera e a própria esquerda quanto a um assunto que rende, sim, bela discussão durante um bom tempo.

Dória aproveitou, também, para descolar a sua imagem da do Presidente (a quem ele tem que ser grato pela própria eleição, com o marketing político do “BolsoDória”), marcando terreno como uma opção para 2022.

Qualquer figura de Centro, com apoio da mídia, e discurso politicamente correto, será um oponente de peso para Jair Bolsonaro, pois o país já estará mais “higienizado” da destruição petista, depois de 4 anos de limpeza, e o Presidente da República, candidato à reeleição, terá que fazer um discurso de continuidade, e não de ruptura com o sistema (que foi o que elegeu Bolsonaro).

João Dória sabe disso, porque ele é um marqueteiro de primeira. E daí a expressão “nunca tivemos alinhamento com o Governo Bolsonaro”, que ele utilizou nesta terça-feira (30).

Por isso, todos nós aqui, na Direita (e digo Direita mesmo; não os “sociais-democratas”, que fingem ser direitistas), que queremos conduzir Jair Bolsonaro à reeleição, temos que prestar muita atenção às jogadas de Dória, que é o grande adversário a ser batido em 2022.

Foto de Guillermo Federico Piacesi Ramos

Guillermo Federico Piacesi Ramos

Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).

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